Por: Jéssica Ribeiro
O Ministério da Saúde determinou o fim das atividades do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública Influenza Aviária (H5N1) em meio a um alerta mundial sobre uma possível mutação da doença. A decisão da pasta foi publicada na edição desta segunda-feira (22/1) do Diário Oficial da União (DOU).
Morte de urso-polar
Um mês antes do encerramento das atividades do Centro de Operações, cientistas publicaram avisos sobre uma possível mutação da gripe aviária.
Mutações
Em humanos diagnosticados até agora, a H5N1 sempre gerou formas assintomáticas da infecção ou sintomas leves, mas, para o biólogo Alastair Ward, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, o urso encontrado representa um problema.
“Os vírus da gripe são altamente adaptáveis e observamos mudanças genéticas muito específicas para que o H5N1 se adapte aos hospedeiros mamíferos”, indica ele em artigo publicado na plataforma de divulgação científica The Conversation.
O especialista elaborou uma lista de mamíferos que já foram infectados pelo H5N1 e indicou que os animais carnívoros têm tido maior quantidade de infecções graves e mortais. Para ele, esse pode ser um sinal de que o vírus está sendo transmitido por aves que serviram de alimento para esses animais.
“Devemos esperar que o o H5N1 encontrado no corpo não tenha grandes mudanças, mas também parece provável que a lista de mamíferos afetados continue a crescer, mas de forma lenta e entre carnívoros necrófagos [que se alimentam de um animal encontrado já morto] em particular, mas precisamos vigiar constantemente esse vírus”, diz o biólogo.
*Redação com Metrópoles