Por Rayssa Cavalcante
A Avenida da Paz, no bairro Jaraguá, foi inundada pela história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira, que foi a homenageada durante o tradicional Desfile Cívico em celebração aos 208 anos da Emancipação Política de Alagoas. Pelo menos 2.200 estudantes da rede pública participaram do evento.
Para o vice-governador, Alagoas é uma terra abençoada e pontuou que as novas gerações precisam conhecer a história passada, ressaltando nomes importantes como Zumbi dos Palmares e Hermeto Pascoal.
“Essa terra é abençoada. A terra de Zumbi, a terra de Nise da Silveira, que é a nossa homenageada. É uma médica que saiu de Alagoas, ganhou o Brasil e depois o mundo. A tese dela sobre o tratamento através da arte e humanização fez com que acabassem aqueles castigos, aquelas coisas de antigamente. É necessário que a gente possa gostar da nossa terra”, finalizou.

Direto da cidade de Minador do Negrão, no Agreste de Alagoas, os alunos da Escola Estadual Belarmino Vieira Barros vieram para Maceió apresentar ao público o tema central “120 anos de Nise da Silveira: Um Olhar Humanizado de Alagoas para o Mundo”.
Tacia Gomes é articuladora de ensino da instituição e destacou o trabalho da psiquiatra. “Esta alagoana fantástica revolucionou o tratamento psiquiátrico. Todos os alunos ficaram encantados pela doação dela em favor das pessoas com doenças mentais. Nós nos preocupamos em trazer para a avenida algo que retratasse a vida dela”, explicou.

A história de Nise da Silveira relata o quanto ela gostava de gatos, sendo uma das características abordadas no desfile. E quem encarnou o animal usado pela médica durante os tratamentos foi a estudante Vitória Araújo.
“Estou representando o gato que Nise da Silveira falava em relação à saúde mental. É um grande prazer estar aqui novamente na avenida de Maceió. A gente está se preparando há cerca de três meses. É um momento tão importante para a gente, que vem de tão longe. A gente quer mostrar para as pessoas o quanto a nossa escola se importa com a cultura e o bem-estar”, disse Vitória.

Os figurinos e adornos usados pelos pelotões brilharam, mas a música também marcou o evento. Maestro da fanfarra Fan Show, Walter Araújo falou sobre a importância de um som bem ritmado.
“Ensaiamos desde o fim do Carnaval. Com essa equipe, já trabalho há dois anos. O ritmo tem que estar bem ritmado, as danças também. É uma combinação que faz valer a pena a gente construir esse trabalho”, afirmou ele.

Redação com Gazeta Web
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