O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou nesta sexta-feira (10) o empresário e designer de sapatos Jorge Bischoff pelo crime de importunação sexual contra uma fisioterapeuta em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Conforme a denúncia, assinada pelo promotor Thiago Kruppa Miara, a vítima foi contratada para realizar o serviço de massoterapia em Jorge em um hotel no dia 10 de abril, durante uma passagem dele para eventos na cidade.
O g1 e a RPC tiveram acesso a um áudio que teria sido enviado pela vítima a uma amiga instantes após ela sair do hotel. A mensagem foi anexada ao processo. Ouça acima.
“Ai gente… Meu Deus, eu não via a hora de sair daquele lugar! Meu Deus do céu, ai, eu ‘tô’ com muito medo. Meu Deus”, diz a vítima no áudio.
O advogado Renato Tauille, que representa Jorge Bischoff no processo, afirma que “a defesa refuta integralmente a denúncia formulada pelo Ministério Público do Paraná”.
“A acusação se baseou em elementos não contidos nos depoimentos prestados no inquérito policial, o que será devidamente esclarecido nos autos”, finaliza.
De acordo com o Ministério Público, a denúncia foi baseada no boletim de ocorrência, áudios enviados pela vítima, imagens das mensagens enviadas pela vítima, entre outras informações.
“Ao chegar no quarto em que o denunciado se encontrava, esse estava somente de roupão, sem roupas íntimas, o que de plano causou estranheza na vítima. Ato contínuo, após o início da massagem, o denunciado, a todo momento, falava palavras de cunho sexual, além de mostrar seu órgão genital em diversas oportunidades”, aponta a denúncia. Saiba mais abaixo.
Trecho da denúncia — Foto: Reprodução
O promotor afirma que o empresário cometeu os atos “dolosamente, com consciência e vontade, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta”.
“Praticou atos libidinosos, com o objetivo de satisfazer sua própria lascívia, contra a vítima e contra a vontade dessa”, alega, no documento.
O caso foi investigado pela delegada da Polícia Civil Cláudia Kruger, que indiciou o empresário após receber a denúncia da vítima na Delegacia da Mulher de Ponta Grossa.
*Redação com G1