Anadia/AL

6 de abril de 2025

Anadia/AL, 6 de abril de 2025

Enquanto Lula defende o país, o vendilhão da pátria Jair Bolsonaro se rende ao tarifaço de Trump

Lula destaca-se por agregar os brasileiros em torno da defesa dos interesses do país e do nacionalismo. 06h57min.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 6 de abril de 2025

Lula

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Editorial

A caótica e improvisada elevação das tarifas de importação imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre mais de uma centena de países constitui um gesto desesperado. Tenta reverter uma decadência, mas deve precipitá-la. Representa uma ação defensiva típica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele reconhece o problema, a perda de competitividade dos Estados Unidos, mas reage de maneira atabalhoada, desnecessariamente espetaculosa e, afinal, contraproducente. Pretende provocar uma imensa reorganização das cadeias de comércio e da produção industrial.

Por mais que venha a se revelar um tiro no pé, não se pode negar que o tarifaço procure, mesmo que por linhas tortas, atender aos interesses dos Estados Unidos.

No Brasil, a medida da Casa Branca foi amplamente rechaçada. Serviu, porém, para explicitar uma aberração: o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou-se favorável às taxas sobre o comércio exterior brasileiro. Disse que as tarifas que protegem os produtores agrícolas ou as exportações de petróleo são coisas de comunistas, atacando setores que são seus aliados.

Enquanto todas as associações de setores empresariais nacionais prejudicados silenciaram ou criticaram a imposição de taxas de 10% para a entrada dos produtos brasileiros nos EUA, Bolsonaro bateu palmas, fez continência para elas. Note-se que o herdeiro político do bolsonarismo, o governador paulista Tarcísio de Freitas, foi incapaz de se posicionar na defesa dos produtos brasileiros.

Bolsonaro prefere os Estados Unidos ao Brasil. Para servir a esta predileção, está disposto a tudo, até mesmo a sacrificar desavergonhadamente interesses brasileiros.

Diante de atitude tão disparatada e até politicamente suicida, podem-se especular algumas hipóteses. Estaria Bolsonaro preparando, com ela, o ambiente junto a Trump para uma eventual fuga aos Estados Unidos? Essa opção não seria excludente com outra: seria Bolsonaro, na verdade, um agente estadunidense pronto para avançar no Brasil os interesses do império, sempre que houvesse que optar entre o agressor e a pátria brasileira? Algo, no entanto, parece certo: Jair e seus filhos obedecem mais hoje aos Estados Unidos, estão submetidos ao centralismo da internacional de extrema-direita que se apoderou da Casa Branca. Prova disso é que Eduardo Bolsonaro até abriu mão de seu mandato como deputado para tentar a vida junto aos hierarcas do trumpismo.

Ao mesmo tempo, o presidente Lula destaca-se por agregar os brasileiros em torno da defesa dos interesses do país e do nacionalismo. Colhe, inclusive, acordos que seriam impensáveis, como a unanimidade na aprovação, pelo Senado, da lei que autoriza reciprocidade brasileira contra o tarifaço estadunidense. É de se notar que o acordo obteve adesão de senadores bolsonaristas que votaram sem nem consultar seu líder, certamente por considerarem que seria impensável apoiar os desejos do Tio Sam em detrimento do Brasil. Sintoma maior do estado de caos da liderança bolsonarista não há.

Redação com Brasil 247

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