
A tranquilidade da comunidade Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, foi rompida na madrugada de segunda-feira (10), quando a Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino foi alvo de disparos de arma de fogo. Os tiros atingiram portões e paredes da unidade, sem deixar feridos, segundo confirmou a Polícia Civil de Alagoas.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) repudiou o ataque e disse acompanhar as investigações, garantindo apoio à comunidade escolar indígena. O órgão classificou o episódio como “um atentado contra o direito à educação e à convivência pacífica das populações tradicionais”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) também se manifestou e relacionou o episódio ao clima de tensão envolvendo a demarcação das terras da comunidade Xukuru-Kariri. O sindicato cobrou celeridade na apuração e reforço na segurança das escolas localizadas em territórios indígenas.
Até o momento, a Polícia Civil não divulgou informações sobre suspeitos ou motivação do ataque. Caso seja confirmada ligação com disputa fundiária, a investigação poderá ser assumida pela Polícia Federal.
Nota da Secretaria de Estado da Educação (Seduc)
“A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas repudia veementemente o ataque à Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino, localizada no município de Palmeira dos Índios. A Seduc está acompanhando o caso junto às autoridades competentes e oferecendo todo o apoio necessário à comunidade escolar. A violência não pode ser naturalizada e nenhuma ameaça à educação ou à integridade das nossas escolas será tolerada”.
Nota do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal)
“O Sinteal manifesta indignação diante do ataque sofrido pela Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino, pertencente ao povo Xukuru-Kariri, em Palmeira dos Índios. Entendemos que o ato ocorre em meio a um contexto de luta pela demarcação de terras indígenas, o que torna ainda mais grave a agressão. Exigimos investigação rigorosa, proteção às comunidades e garantia do direito à educação em ambientes seguros e livres de intimidação”.
Redação com Tribuna Hoje


















