O ex-comandante da Rota coronel Alexandre Gasparian uniu-se à equipe do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), para ajudar na construção de um plano de segurança pública. A confirmação veio da própria campanha do deputado federal, que busca oferecer uma alternativa robusta para um dos problemas mais críticos da capital paulista, informa o UOL.
Gasparian, que liderou a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em 2015, está agora empenhado em formular propostas que prometem tratar a segurança pública com seriedade, mas sem se render ao que a campanha chama de “demagogia”. A Rota, conhecida por ser uma das tropas de elite da Polícia Militar de São Paulo, também carrega a reputação de ser a que mais mata no estado, segundo dados do Ministério Público obtidos pelo site Ponte Jornalismo, cobrindo o período de 2017 até março deste ano.
A violência é percebida pelos paulistanos como o maior problema da cidade, conforme revelou uma pesquisa eleitoral recente. Essa percepção coloca a segurança pública no centro dos debates da campanha eleitoral. “Ele dará uma contribuição fundamental para a construção do plano de governo de Boulos para a segurança pública. São Paulo precisa ter políticas públicas sérias e sem demagogia nessa área”, afirmou a equipe do pré-candidato em nota oficial. “Nosso programa de governo vai demonstrar que é possível tratar com seriedade do tema de segurança pública sem ficar refém do bolsonarismo”.
A decisão de Boulos de incluir um ex-comandante da Rota em sua equipe vem em um momento em que seu principal adversário, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), também se associou a um ex-comandante da mesma unidade. Há pouco mais de uma semana, Nunes anunciou Ricardo Mello Araújo (PL) como seu candidato a vice-prefeito. A indicação foi feita por Jair Bolsonaro (PL), apesar de resistências internas na campanha de Nunes e dentro do PL.
Boulos não perdeu tempo em criticar a escolha de Nunes. Durante uma agenda pública no último sábado (29), o deputado federal afirmou que a nomeação de Mello Araújo evidencia um “projeto autoritário” na tentativa de reeleição de Nunes.
*Redação com Brasil 247