Segundo a imprensa israelense, a operação deve durar de quatro a cinco meses, incluindo a conquista da Cidade de Gaza, e não exigiria uma mobilização em larga escala de reservistas. O objetivo seria ocupar áreas densamente povoadas, onde provavelmente estão alguns dos reféns ainda mantidos no enclave palestino. Como em operações anteriores, Israel pretende deslocar a população para o Sul, incentivando as pessoas a deixarem a Faixa de Gaza.
Dois Planos
Durante a reunião de gabinete, o Exército israelense apresentará dois planos: um prevendo a conquista e outro o cerco. A recomendação será pela segunda opção. As discussões estão programadas para começar às 18h, horário de Israel (meio-dia em Brasília), com duração prevista de cinco horas, embora possam se estender até tarde da noite.
O chefe do Exército israelense, Eyal Zamir, que tem se posicionado contra os planos de Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que continuará se manifestando “sem medo” e “com profissionalismo”, segundo comunicado oficial.
“Continuaremos a expressar nossa posição sem medo, de forma pragmática, independente e profissional”, declarou o tenente-general Zamir. “Não estamos lidando com teoria, estamos lidando com questões de vida ou morte, com a defesa do Estado, e o fazemos com um olhar direto sobre nossos soldados e os cidadãos do país”, acrescentou. Esta é a primeira vez que Zamir, nomeado em março por Netanyahu e reconhecido pelo prestígio obtido na última guerra contra o Irã, fala publicamente sobre a próxima fase das operações em Gaza.
Frota de parentes de reféns
Parentes de reféns israelenses seguiram nesta quinta-feira (7) em vários barcos em direção à costa da Faixa de Gaza para “aproximar-se o máximo possível” de seus entes queridos sequestrados pelo Hamas, segundo um jornalista da AFP a bordo de uma das embarcações. “Mayday! Mayday! Mayday! Precisamos de toda a ajuda internacional para resgatar os reféns”, disse Yehuda Cohen, pai de um dos reféns. Cohen integra o grupo de quase 20 pessoas que partiram a bordo de três barcos do porto israelense de Ashkelon, na fronteira norte da Faixa de Gaza. Muitos exibiam bandeiras amarelas e cartazes com as imagens dos reféns, enquanto gritavam seus nomes. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023 pelo Hamas, 49 ainda estão em cativeiro em Gaza, das quais 27 foram declaradas mortas pelo Exército israelense.
A perspectiva de uma expansão das operações do Exército israelense na Faixa de Gaza está gerando desespero entre os palestinos no território, exaustos após 22 meses de cerco e guerra. “Já vivemos todos os dias com ansiedade e medo do desconhecido. Falar em expandir as operações terrestres israelenses significa mais destruição e morte”, disse Ahmad Salem, de 45 anos, morador de um campo de refugiados localizado no norte de Gaza, atualmente refugiado na parte ocidental do território. “Não há lugar seguro em Gaza. Se Israel expandir suas operações terrestres novamente, seremos as primeiras vítimas. Tudo o que queremos é viver em paz. Não podemos mais suportar essa situação”, afirmou ele em entrevista à AFP.
Fonte: RFI
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