Se tornar doador de órgãos é uma decisão que pode salvar muitas vidas. Segundo dados da Secretaria de Saúde, em Alagoas, 654 pessoas estão cadastradas na lista de espera por transplante, destes 606 por uma córnea, 32 por um rim, 15 por um fígado e uma por um coração.

Nos últimos dias, o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, realizou mais uma captação de órgãos para transplantes. Quatro pessoas foram beneficiadas com a decisão da família do paciente que teve morte encefálica de doar os órgãos. Foram disponibilizados para o transplante as córneas, um rim e um fígado.

Diagnóstico de morte encefálica

A morte encefálica trata-se da parada total e irreversível das funções cerebrais. O diagnóstico é feito seguindo o protocolo definido pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Esse protocolo envolve uma série de exames clínicos e complementares realizados por médicos especializados. Somente após a conclusão de todas as etapas o paciente é considerado apto à doação.

“Com o diagnóstico confirmado, uma equipe especializada realizou a abordagem à família, momento conduzido com acolhimento, sensibilidade e respeito. É a família quem tem a palavra final sobre a autorização para a doação de órgãos. Mesmo em meio à dor da despedida, os familiares disseram ‘sim’ e escolheram transformar o luto em esperança. Uma decisão que merece todo o reconhecimento e gratidão”, explicou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.

Após a autorização, profissionais de diferentes setores se uniram para garantir que cada etapa fosse cumprida com precisão. A sala cirúrgica foi preparada para a realização do processo, com agilidade, técnica e compromisso com a segurança.

“Graças a esse trabalho integrado e à generosidade da família do doador, quatro pessoas que aguardavam na lista de espera agora têm uma nova chance de vida. Nós agradecemos à família pelo gesto de solidariedade e reforçamos o nosso compromisso com a ética, a humanização e o rigor técnico dos nossos profissionais”, enfatizou o diretor-geral, Fernando Melro.

Tipos de doadores: Conforme o Ministério da Saúde existem dois tipos de doadores.

Doador vivo: Uma pessoa maior de idade, juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Nesse caso, podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões. Deve haver compatibilidade sanguínea em todos os casos. O médico avalia a história clínica do doador e as doenças prévias. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. A doação de órgãos de pessoas vivas que não são parentes só acontece mediante autorização judicial.

Doador falecido: Trata-se de qualquer pessoa com diagnóstico de morte encefálica (vítimas de traumatismo craniano, ou AVC (derrame cerebral), anóxia, etc.) ou com morte causada por parada cardiorrespiratória (parada cardíaca). O diagnóstico é feito seguindo o protocolo definido pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Esse protocolo envolve uma série de exames clínicos e complementares realizados por médicos especializados. Somente após a conclusão de todas as etapas o paciente é considerado apto à doação.

O doador falecido pode doar os rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado e intestino; e tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias. No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só será realizada após a autorização familiar.

Autorização familiar: A retirada de órgãos no Brasil só pode ser realizada após a autorização da família. Mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece mediante a autorização.

Entrevista familiar: Após a confirmação da morte encefálica, a família é entrevistada por uma equipe de profissionais de saúde para informar sobre o processo de doação e transplantes e solicitar o consentimento para a doação. Quando a família demonstra desejo em doar os órgãos do parente, outra parte da entrevista é para investigar se os hábitos do doador possam levar ao desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser transmitidas ao receptor.

Doenças crônicas como diabetes, infecções ou até mesmo o uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante. A entrevista é importante para que a equipe avalie os riscos e garanta a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde.

Após a autorização, os órgãos doados são destinados a pacientes que precisam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Quem pode receber um transplante?
Pessoas que têm doenças graves, crônicas ou agudas, e que já tentaram todos os tratamentos possíveis sem resultado. Quando a única alternativa é substituir o órgão ou tecido afetado e o transplante é realmente indicado e pode trazer benefícios, essa pessoa pode receber um transplante.

Quem pode entrar na lista de espera?
Pacientes que passam por avaliação de equipes especializadas em transplante, que confirmam a necessidade do procedimento e verificam se a doença é considerada transplantável. Essas condições de saúde estão descritas no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes.

Transplantes em Alagoas

Nos últimos dias, o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, realizou mais uma captação de órgãos para transplantes. Quatro pessoas foram beneficiadas com a decisão da família do paciente que teve morte encefálica de doar os órgãos. Foram disponibilizados para o transplante as córneas, um rim e um fígado.

“Com o diagnóstico confirmado, uma equipe especializada realizou a abordagem à família, momento conduzido com acolhimento, sensibilidade e respeito. É a família quem tem a palavra final sobre a autorização para a doação de órgãos. Mesmo em meio à dor da despedida, os familiares disseram ‘sim’ e escolheram transformar o luto em esperança. Uma decisão que merece todo o reconhecimento e gratidão”, explicou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.

Quatro vidas transformadas

Após a autorização, profissionais de diferentes setores se unem para garantir que cada etapa seja cumprida com precisão. A sala cirúrgica é preparada para a realização do processo, com agilidade, técnica e compromisso com a segurança.

“Graças a esse trabalho integrado e à generosidade da família do doador, quatro pessoas que aguardavam na lista de espera agora têm uma nova chance de vida. Nós agradecemos à família pelo gesto de solidariedade e reforçamos o nosso compromisso com a ética, a humanização e o rigor técnico dos nossos profissionais”, enfatizou o diretor-geral, Fernando Melro.

ABN C/ Cada Minuto