Por Julinho Bittencourt
Segundo um relatório elaborado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do MP-RJ, o senador Flávio Bolsonaro (PL) mantinha um cofre com o seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), em uma agência bancária do Banco do Brasil (BB), no Rio de Janeiro.
O relatório foi elaborado no âmbito da investigação do esquema de rachadinha no gabinete de Carlos. Segundo a coluna de Juliana Dal Piva, no ICL Notícias, Flávio acessou o cofre um dia antes de pagar R$ 638 mil em dinheiro vivo na aquisição de dois apartamentos em 2012.
Na reportagem, feita em parceria com Igor Melo, a jornalista revela que os dados foram descobertos a partir de um cruzamento de informações das investigações que apuram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa dentro do gabinete do vereador e também de todas as informações levantadas no procedimento que apurou os mesmos crimes no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Nem mesmo os promotores que conduziram as investigações do esquema de rachadinha no MP-RJ sabiam da existência de um cofre em nome de Flávio Bolsonaro. A investigação acreditava que o fluxo de dinheiro vivo no esquema era feito exclusivamente pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, pivô do escândalo no gabinete de Flávio. O senador, porém, admitiu que guardou em casa cerca de R$ 30 mil.
O outro lado
Nota do senador Flávio Bolsonaro
“Mantive um cofre no Banco do Brasil por razões de segurança. Durante algum tempo, ele guardou itens pessoais e, posteriormente, deixou de ser necessário. Os pagamentos mencionados pela repórter não têm qualquer ligação com o cofre e estão registrados no cartório de imóveis”.
Redação com Revista Fórum