Segundo o editorial do jornal, o que vem reduzindo o desemprego de forma consistente desde que Lula reassumiu a presidência em 2023 (passando de 12% para 6,8% em menos de dois anos) não são os estímulos ao consumo, os investimentos públicos ou as políticas de inclusão social e redistribuição de renda. Nada disso. É a reforma trabalhista de 2017 que desatou o nó e colocou o Brasil nos trilhos do emprego. Isso, claro, se você ignorar o fato de que, sob a gestão Temer, o desemprego disparou e a economia permaneceu em recessão. Mas quem se importa com detalhes, não é?
É interessante notar como o editorial ignora com elegância o período conturbado de 2017 a 2018, quando, após a implementação da reforma trabalhista, o desemprego continuou nas alturas e a precarização do trabalho se consolidou como nova norma. Ah, e não podemos esquecer o aumento dos “empregos intermitentes”, uma maravilhosa inovação que garante que o trabalhador possa passar semanas sem receber nada, já que só é remunerado quando efetivamente chamado para trabalhar. Mas, segundo O Globo, essa é uma oportunidade incrível para jovens e mulheres “flexibilizarem” suas vidas e combinarem trabalho com estudo ou maternidade. Quem não quer essa liberdade, não é?
Redação com Brasil 247