Wessam Abou Ali, nascido na Dinamarca e filho de palestinos criado no Líbano, optou por defender a seleção da Palestina, tornando-se referência de identidade e luta em campo e fora dele. O jogador, que já se destacou por manifestações públicas em defesa da causa palestina, voltou a chamar atenção ao marcar três vezes contra o Porto, na despedida do Al-Ahly do torneio.
O gesto da partida de segunda-feira foi amplamente repercutido nas redes sociais e pela torcida, em um contexto de crescente mobilização internacional contra a ocupação e os ataques à Palestina.
A atuação de Abou Ali ocorre em meio a intensas manifestações pró-Palestina no Estados Unidos, país-sede do torneio, onde torcedores e movimentos populares têm se organizado em protestos nas imediações dos estádios e em grandes cidades. A repressão do governo ianque, sob a presidência de Donald Trump, não impediu que as ruas fossem tomadas por bandeiras palestinas e palavras de ordem em solidariedade ao povo oprimido.
Intensa solidariedade Palestina no mundial de clubes
O gesto de Abou Ali não foi a única demonstração de solidariedade com a Palestina no Mundial de clubes. Torcedores do Esperance exibiram uma faixa com a frase Terra, Liberdade, Palestina e cantaram canções em homenagem à Palestina na partida contra o Chelsea, no dia 24/06.
Vídeo: GE Globo/ Youtube
Os torcedores do Seattle Sounders desenrolaram dezenas de bandeiras palestinas durante a partida eliminatória da Copa do Mundo de Clubes contra o Paris Saint-Germain na noite de segunda-feira.
Já no Brasil, a torcida do Palmeiras levou bandeiras da Palestina para uma celebração em frente ao Allianz Parque, em São Paulo, durante a partida do time no Mundial de Clubes.
Apesar das tentativas da FIFA de restringir manifestações políticas dentro dos estádios, o Mundial de Clubes deste ano se desenrola sob forte clima de mobilização internacional. O futebol, mais uma vez, se mostra palco de luta e solidariedade entre os povos, e o gesto de Wessam Abou Ali ecoa como mensagem de resistência e esperança para milhões de palestinos e apoiadores ao redor do mundo.
Redação com A nova Democracia
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