O que aconteceu
Justiça acolheu parte da denúncia feita pelo Ministério Público estadual.O réu responderá por:
- Estupro de vulnerável;
- Estupro;
- Cárcere privado qualificado;
- Perseguição;
- Provocar danos emocionais à vítima;
- Participação em crimes de estupro contra a própria enteada;
- Filmar os abusos sofridos pela enteada praticados por outros homens;
- Constrangimento legal.
Denúncia foi apresentada à Justiça pela 4º Promotoria de Araucária. De acordo com o órgão, a vítima e os três filhos que o suspeito teve com ela, com idades de 13, 9 e 6 anos, estão sendo acompanhados pelos órgãos de rede de proteção da comarca do município.
Por se tratar de um crime de estupro, a identidade do padrasto não foi divulgada. Não foi possível localizar sua defesa para pedir posicionamento.
Suspeito nega ter cometido os crimes, segundo a polícia. A Justiça paranaense manteve a prisão preventiva dele.
Relembre o caso
Vítima conseguiu escapar do cárcere no mês passado. Na ocasião, ela disse ao padrasto que precisava levar os filhos a uma consulta médica, mas foi para a delegacia de Araucária e denunciou o homem. As informações são da Polícia Civil do Paraná.
Padrasto começou a abusar sexualmente da vítima quando ela tinha 7 anos. Atualmente, a mulher tem 29.
Vítima teve três filhos com padrasto. O primeiro nasceu quando ela tinha 16 anos. As outras crianças têm 9 e 6 anos.
Ela raramente tinha permissão para sair de casa. O homem também forçava a enteada a manter relações sexuais com outros homens e gravava os abusos, segundo o delegado do caso, Eduardo Kruger.
Delegado disse que o padrasto mantinha controle emocional sobre a vítima para mantê-la em cárcere. Além de ser abusada sexualmente, ela também sofria abusos físicos, psicológicos e era monitorada por câmeras de segurança.
Vítima era ameaçada
Mulher classificou o padrasto como uma pessoa agressiva. “Eu tinha muito medo e ainda tenho”, afirmou à RPC.
Vítima relatou que o homem era possessivo e falava que “só a morte” separaria os dois. “Dizia que se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém, que nossa separação seria só a morte”, declarou.
A mãe dela também disse à polícia que era violentada pelo homem durante o período em que ficaram juntos. A genitora, que é considerada testemunha pela polícia, relatou ainda que não sabia dos abusos sofridos pela filha.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Redação com Uol
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