Anadia/AL

5 de agosto de 2025

Anadia/AL, 5 de agosto de 2025

Homem que deu 60 socos em ex pode ser investigado por outro crime

Delegada responsável pelo caso revelou que vítima já havia reportado anteriormente ter sofrido violência psicológica grave

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 5 de agosto de 2025

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Foto: Reprodução

Por: Beto Souza

Igor Eduardo Pereira Cabral, o ex-jogador de basquete preso preventivamente após agredir brutalmente a então namorada Juliana Garcia dos Santos com 61 socos em um elevador em Natal (RN), pode ser alvo de uma nova investigação, desta vez por violência psicológica.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que essa possibilidade existe e depende da colaboração da vítima em registrar um novo boletim de ocorrência quando estiver em melhor estado.

A delegada Victória Lisboa, responsável pelo caso, revelou que Juliana já havia reportado anteriormente ter sofrido violência psicológica grave, incluindo empurrões e o incentivo de Igor para que ela tirasse a própria vida.

O relacionamento, que durou quase dois anos, foi descrito por Juliana como “tóxico e abusivo”, marcado por controle excessivo e ciúme desproporcional por parte de Igor.

A agressão no elevador, registrada por câmeras de segurança, durou 36 segundos e deixou Juliana com quatro ossos do rosto quebrados, necessitando de uma cirurgia de reconstituição facial.

Em um ato de resistência, Juliana permaneceu no elevador na esperança de que a violência fosse gravada, o que foi crucial para a prisão de Igor. Em recado ao agressor, Juliana declarou: “Que ele soubesse que não deu certo, que eu estou viva”.

Indiciamento e alegações

Igor Eduardo Pereira Cabral foi indiciado por tentativa de feminicídio pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, após agressão que resultou em quatro ossos do rosto de Juliana quebrados, exigindo cirurgia de reconstituição facial.

Em sua defesa, Igor alegou ter sofrido um “surto claustrofóbico” no momento da agressão, afirmando que a condição foi desencadeada por um desentendimento com Juliana. No entanto, as autoridades não apresentaram laudos que comprovem essa alegação.

Ele também mencionou ter um filho no espectro autista em depoimento à polícia, contudo, a legislação veda a substituição da prisão preventiva por domiciliar em crimes com violência ou grave ameaça à pessoa.

Recentemente, Igor reportou ter sido agredido por policiais penais na cadeia, denúncia que está sob apuração da Secretaria da Administração Penitenciária. Em nota enviada por sua defesa, Igor pediu perdão e expressou a esperança de “encontrar cura”.

Veja nota completa abaixo:

“Eu, Igor Eduardo P. Cabral, venho com profundo respeito, me manifestar diante dos acontecimentos recentes que abalaram tantas pessoas. Reconheço que houve dor, angústia e sofrimento, especialmente para Juliana, sua filha, sua família, bem como para os meus pais e demais entes queridos.

Lamento profundamente que minha conduta, influenciada por um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional, tenha contribuído para essa situação. Embora as circunstâncias ainda estejam sendo apuradas, sinto a necessidade sincera de expressar meu pedido de perdão a todos que, de alguma forma, foram afetados.

Enfrento o momento atual com humildade e esperança de que, com o tempo, todas as partes envolvidas possam encontrar caminhos de cura, reflexão e recomeço.

Com arrependimento e respeito,
Igor Eduardo P. Cabral”

Redação com CNN Brasil

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