Anadia/AL

5 de novembro de 2024

Anadia/AL, 5 de novembro de 2024

Incêndios florestais gigantes elevaram em 16% as emissões de gás carbônico no planeta no último ano

Um balanço inédito realizado por instituições britânicas e divulgado nesta quarta-feira (14) indica que os incêndios florestais em todo o mundo foram responsáveis por um aumento de 16% nas emissões de CO2 no período de um ano. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (14) no jornal Earth System Science Data e também destaca a situação dos incêndios florestais por regiões.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 14 de agosto de 2024

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo o relatório, realizado sob direção da universidade East Anglia, os incêndios florestais registrados entre março de 2023 e fevereiro de 2024 foram responsáveis pela emissão de 8,6 bilhões de toneladas de gás carbônico do planeta.

Nas florestas do Canadá, por exemplo, as emissões de CO₂ provenientes das queimadas foram nove vezes superiores à média das duas últimas décadas e contribuíram para um quarto das emissões mundiais no período analisado.

“Mais de 232 mil pessoas foram retiradas somente no Canadá, o que ressalta a gravidade do impacto para o homem”, aponta o estudo.

Incêndios na Amazônia

O balanço ainda alerta para a devastação provocada pelos incêndios na Amazônia brasileira, mas também na parte da floresta que fica na Bolívia, Peru e Venezuela. Os imensos incêndios no Havaí e na Grécia também não passaram despercebidos.

A Grécia voltou a ser devastada por chamas desde o último domingo. Os bombeiros conseguiram controlar o fogo na periferia de Atenas, mas continuam mobilizados.

A universidade britânica East Anglia alerta também para um fenômeno circular: os incêndios aumentam as emissões de CO₂ que são a causa das mudanças climáticas. Estas, por sua vez, tornam mais frequente condições meteorológicas que favorecem incêndios, como secas e ondas de calor.

“Não é tarde demais” para reduzir os riscos

Mas o relatório também destaca que ainda há tempo para agir para que os riscos sejam diminuídos.

“O risco pode ser minimizado. Não é tarde demais”, insistiu Matthew Jones, da Universidade de East Anglia, principal autor do relatório.

A conclusão do estudo, publicada na revista Earth System Science Data, deverá ser atualizada anualmente a partir de agora.

Les pompiers combattent les incendies qui frappent la Californie, le 17 juin 2024.

Les pompiers combattent les incendies qui frappent la Californie, le 17 juin 2024. © Noah Berger / AP

“No ano passado, os incêndios mataram pessoas, destruíram casas e infraestrutura, causaram evacuações em massa, ameaçaram os meios de subsistência e danificaram ecossistemas vitais”, diz Matthew Jones.

“Esses incêndios estão se tornando mais frequentes e intensos à medida que o clima se aquece, e tanto a sociedade quanto o meio ambiente estão sofrendo as consequências”, lamenta.

Fonte: RFI

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