Anadia/AL

13 de agosto de 2025

Anadia/AL, 13 de agosto de 2025

Influencer Hytalo Santos é processado por 13 seguranças e duas ex-assistentes cumprem ‘lei da mordaça’

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 13 de agosto de 2025

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Foto: Reprodução

Com as denúncias feitas por Felca em seu vídeo intitulado “Adultização”, no qual mostra os caminhos percorridos por pedófilos nas redes sociais, com foco, principalmente, em Hytalo Santos, “pai” adotivo de crianças e adolescentes que fazem parte de uma turma com seu nome e seriam exploradas por ele, mais histórias sobre o dia a dia na mansão do influenciador estão sendo desenterradas.

Hytalo está sendo processado por pelo menos 13 seguranças que fizeram parte de sua escolta, principalmente entre 2023, ano em que ficou famoso no país por distribuir iPhones 15 a convidados de seu casamento, e 2025. As reclamações são comuns a quase todos: dívidas trabalhistas, danos morais, comprovação do vínculo empregatício, jornada excessiva, entre outras.

Além de uma investigação do Ministério Público da Paraíba, instaurada em dezembro de 2024 para apurar as denúncias de corrupção de menores e exploração infantil, o Ministério Público Trabalhista da 13² região, no mesmo estado, também passou a apurar as relações de trabalho de Hytalo Santos e seu marido, Israel Natan Vicente, o Euro.

Dois dos processos a que o EXTRA teve acesso mostram que o trato de Hytalo Santos com seus ex-colaboradores era, no mínimo, abusivo. Larissa Araújo e Williana Lucena, que atuaram como assessoras pessoais do dançarino, continuam com suas ações paradas na Justiça da Paraíba e impedidas de tocar no nome de Hytalo sob pena de multa. Ambas tiveram que assinar um termo de confidencialidade.

Na ação de Williana, que começou a trabalhar com Hytalo em abril de 2023 como assistente pessoal do influenciador, ela conta que seu trabalho não tinha uma rotina pré-estabelecida. O combinado era receber o salário de R$ 3 mil por mês para ser uma espécie de babá do patrão. Nenhum documento foi assinado. Nem contrato de prestação de serviços ou carteira, ela não possui qualquer tipo de recibo com a descrição dos pagamentos que recebeu e não possui CNPJ, descaracterizando pessoa jurídica.

O dia a dia na mansão de Hytalo começava para ela entre às 8h e 9h, mas podia se estender até a madrugada. Em depoimento, Williana diz que muitas vezes não podia dormir e não cumpria interjornada prevista nas leis trabalhistas.

Williana dirigia um dos automóveis de Hytalo para levar e buscar “seus filhos” na escola, levar a médico e fazer compras para o chefe. A maior parte delas, segundo o processo, com o cartão de crédito dela própria. Ou melhor, de sua mãe, já que o nome da ex-assistente está negativado. O patrão prometia fazer um pix quando a conta chegasse. Ela chegava, ele atrasava, os juros subiam, e quando percebeu havia uma dívida de R$ 15 mil que não pertencia a ela.

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