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21 de julho de 2024

Anadia/AL, 21 de julho de 2024

Irã dispara mísseis e sugere prontidão para Terceira Guerra Mundial

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 13 de fevereiro de 2024

IRÃ

Terceira Guerra Mundial. Irã afirma que pode atacar em qualquer parte do planeta. Créditos: Reprodução X

✨ Por luiz Carlos Azenha

O Irã publicou vídeo de disparos de mísseis a partir de embarcações que teriam atingido um simulacro da base israelense de Palmachim no deserto iraniano.

Palmachim é o nome de uma das principais bases aéreas de Israel, de onde são lançados drones e mísseis interceptadores Arrow, parte da defesa aérea do país.

Confirmação independente de que o teste do Irã tenha sido bem sucedido é inexistente, embora as informações oficiais digam que a margem de erro foi de quatro metros.

É a primeira vez que o Irã faz testes a partir de bases flutuantes marítimas, o que em tese dá ao país a capacidade de atingir alvos em qualquer parte do planeta.

De acordo com um porta-voz:

Um dos mísseis testados, o Emad, tem alcance de 1.700 quilômetros.

MENSAGEM DE TEERÃ

O teste parece ter sido mensagem do Irã a Israel.

Integrantes do governo de Benjamin Netanyahu tem falado abertamente na necessidade de “punir” o Irã pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.

Recentemente, os Estados Unidos retaliaram contra aliados do Irã pela morte de três soldados estadunidenses em uma base na Jordânia. Porém, pouparam alvos diretamente relacionados a Teerã.

Nas últimas semanas, Israel tem falado em uma eventual ofensiva terrestre contra o Hezbollah no sul do Líbano, com o objetivo de afastar o grupo da fronteira e possibilitar o retorno de cerca de 80 mil israelenses a comunidades sob ataque.

A França tenta negociar um acordo entre as partes, pelo qual o Hezbollah ficaria a ao menos 10 quilômetros da fronteira, com milhares de soldados libaneses separando os militantes pró-Irã de Israel.

O governo do Líbano, do qual o Hezbollah faz parte, seria recompensado com ajuda econômica.

CONTROLE DE GAZA

Apesar dos alertas dos Estados Unidos e de países europeus, o governo de Israel está determinado a assumir controle total de Gaza, com derrota militar do Hamas.

Isso exige uma ofensiva terrestre sobre Rafah, onde se refugiam 1,4 milhão de palestinos.

Israel teria apresentado ao Egito um plano para retirar os refugiados para cidades de tenda ao longo da costa de Gaza, permitindo assim o ataque ao último refúgio do Hamas.

O Egito, estado-cliente dos Estados Unidos, mantém boas relações com Israel e nutre grande desconfiança sobre o Hamas.

É um dos países que tentam negociar um cessar-fogo em Gaza.

O Hamas exige a retirada de Israel do território palestino antes de qualquer acordo. Israel, por sua vez, oferece salvo-conduto para lideranças do Hamas deixarem Gaza.

Na segunda-feira, Israel libertou dois reféns que eram prisioneiros do Hamas e usou o fato para uma intensa campanha de propaganda segundo a qual a guerra é a forma mais eficaz de libertar os prisioneiros.

O Hamas, por sua vez, diz que Israel está matando os reféns em seus bombardeios.

Cerca de 100 pessoas capturadas durante os ataques do Hamas a Israel no 7 de outubro permanecem reféns em Gaza.

DISTANCIAMENTO FAKE

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria se referido a Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, como um “cuzão”.

Faz parte da estratégia do democrata de se afastar publicamente de Bibi, sem deixar de dar total apoio militar e diplomático a Israel.

Na prática, Netanyahu e seu governo enterraram a solução de dois estados, apoiada pela comunidade internacional.

Depois de assumir Gaza, o governo de Israel talvez esteja disposto a dar uma medida de influência no território a países árabes, mantendo controle total da segurança.

Apesar de gastarem muita saliva em defesa dos palestinos, países como o Marrocos, Sudão, Catar, Bahrein, Jordânia, Arábia Saudita, Líbano e Emirados Árabes Unidos já demonstraram disposição para aceitar a realpolitik ditada pelo poder militar de Israel, acoplado ao apoio generoso — financeiro e militar — dos Estados Unidos.

Por conta da ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça, acusando Israel de genocídio, o governo de Tel Aviv está mais isolado da opinião pública global do que propriamente dos governos árabes.

✨ Redação com Revista Fórum

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