✨ Por Júlia Motta
Na madrugada desta segunda-feira (1), um terremoto de magnitude 7.6 atingiu o Japão. O epicentro do incidente foi registrado na costa oeste do país e um alerta de “grande tsunami” foi emitido, com risco de ondas de cinco metros.
O abalo foi o maior desde o terremoto de 2011, que atingiu o Japão com magnitude de 9.1 e deixou mais de 20 mil mortos, além de causar o grande desastre nuclear de Fukushima. O tremor também causou um tsunami com ondas de até 15 metros de altura.
Apesar da intensidade do terremoto desta segunda-feira, o país não registrou grandes desastres. Com um histórico de terremotos e tsunamis devastadores, o Japão vem se adaptando cada vez melhor aos fenômenos, desenvolvendo tecnologias e hábitos na população.
Arquitetura adaptada
Em 1923, um terremoto com magnitude de 7.9 deixou 105 mil mortos e marcou o início de projetos arquitetônicos adaptados aos tremores. No ano seguinte, o país criou o seu primeiro código de construção antissísmico.
A partir disso, a construção civil passou a obedecer rígidas regras e o Japão se tornou um dos países com algumas normas de construção mais rigorosas do mundo. Os prédios são construídos com um sistema antivibração sísmico capaz de controlar o movimento da construção durante os tremores. A estrutura desses prédios pode se adaptar aos abalos devido a amortecedores a óleo, que esticam e encolhem conforme os tremores acontecem, e são parecidos com “molas”.
Esse sistema de adaptação passa por análises e mudanças constantemente junto com arquitetos e engenheiros.
Além da estrutura, a partir do terremoto de 2011, o Japão adaptou a cidade de Tokyo para ter bairros “à prova de fogo”, uma das principais causar de morte devido aos terremotos. Isso aconteceu através de subsídios e isenções fiscais para que as estruturas antigas fossem substituídas por novas mais resistentes a desastres. As casas japonesas costumavam ser, majoritariamente, de madeira.
Em 2022, Tokyo também destinou 15 trilhões de ienes para projetos de resistência a desastres naturais até 2040.
População preparada
A alta frequência de terremotos no país também criou hábitos na população. O vídeo que circulou nas redes sociais nesta segunda-feira (1) mostra diversas pessoas se abaixando em um supermercado durante o tremor. Esse é um hábito comum durante os terremotos.
A população também costuma receber, uma vez por ano, treinamentos rigorosos para saber como agir durante um terremoto. Esse treinamento envolve orientações sobre como sair de um grande prédio durante o tremor, como se manter calmo ao ficar preso em um elevador devido à queda de luz, como evitar pânico nas ruas que poderiam agravar os desastres e outras.
Sistema de alerta
O Japão também tem um eficiente sistema de alerta para avisar a população em caso de terremoto ou tsunami. Além disso, as Forças de Autodefesa também ficam de prontidão para ajudar nos esforços de emergência. Após o terremoto desta segunda (1°), 8.500 militares foram acionados.
Últimas notícias
Nas horas seguintes ao terremoto, o alerta de tsunami diminuiu e passou para a previsão de ondas menores, de 1 metro.
Cerca de cem mil pessoas tiveram que deixar suas casas e, até o momento, quatro mortes foram confirmadas pela prefeitura de Ishikawa.
✨ Redação com Revista Fórum
🇧🇷 Curta & Compartilhe✨
🇧🇷 Instagram & Facebook✨