Anadia/AL

12 de março de 2025

Anadia/AL, 12 de março de 2025

Kim Jong-un diz que EUA e Coreia do Sul pagarão ‘preço caro’ por exercício militar conjunto

Coreia do Norte ameaça retaliar atividade, que começa na segunda-feira (10), enquanto aliados reforçam treinamento defensivo

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 12 de março de 2025

North Korean leader Kim Jong Un gestures during a Central Committee of the Worker's Party meeting in Pyongyang, North Korea in this photo released on April 9, 2019 by North Korea's Korean Central News Agency. KCNA via REUTERS

Korean Central News Agency

A Coreia do Norte declarou nesta sexta-feira (7) que os Estados Unidos e a Coreia do Sul “pagarão um preço caro” pelo exercício militar conjunto que deve começar na próxima segunda-feira (10) e se estender até o dia 20 de março.

Segundo a KCNA (gência Central de Notícias da Coreia), estatal do regime de Kim Jong-un, os exercícios trarão “uma tempestade” que agravará a situação de segurança na Península Coreana.

O alerta norte-coreano veio um dia após o anúncio oficial do exercício anual pelos militares aliados, que incluirá simulações por computador e treinamento em campo.

A KCNA classificou o Freedom Shield como uma violação dos “direitos e interesses soberanos” da Coreia do Norte, acusando Seul e Washington de intensificar um “frenesi de guerra” ao aumentar o número de exercícios de campo em larga escala de 10 para 16 neste ano.

“Os inimigos pagarão um preço terrível por seus exercícios de guerra tolos e imprudentes”, afirmou a estatal no comunicado, que não foi assinado por nenhum representante do governo de Kim.

O porta-voz das Forças dos EUA na Coreia do Sul, Ryan Donald, disse que o exercício foi desenhado para refletir “ameaças realistas”, incorporando lições de conflitos recentes e os avanços militares da Coreia do Norte, segundo o jornal Korea Herald.

Donald ainda destacou a crescente parceria entre Pyongyang e a Rússia como um dos focos do treinamento. Desde outubro, o regime de Kim tem enviado soldados para apoiar as tropas de Vladimir Putin na guerra contra a Ucrânia.

Há décadas, a Coreia do Norte condena os exercícios conjuntos dos aliados como ensaios para uma invasão, enquanto EUA e Coreia do Sul reiteram que as manobras têm caráter estritamente defensivo.

O Ministério da Unificação da Coreia do Sul rejeitou as acusações do vizinho do Norte. “Sempre que há um exercício conjunto, a Coreia do Norte transfere a culpa pelas tensões e repete alegações irracionais”, declarou o porta-voz Koo Byoung-sam em coletiva nesta sexta-feira, segundo o jornal sul-coreano Yonahp.

Koo reforçou que o exercício militar com os EUA é um treinamento defensivo, voltado para “proteger a liberdade”, como sugere o próprio nome da atividade.

Tensões recentes e incidentes

A ameaça ocorre em um contexto de escalada retórica. Na semana passada, Kim Yo-jong, influente irmã de Kim Jong-un, já havia alertado sobre uma resposta intensificada à chegada do porta-aviões nuclear USS Carl Vinson a Busan, no sudeste da Coreia do Sul. Ela prometeu fortalecer a “dissuasão estratégica” do país caso os EUA persistam em demonstrações militares.

Outro incidente foi um exercício de tiro real na quinta-feira (6), perto da Zona Desmilitarizada (ZD), envolvendo forças sul-coreanas e americanas. Durante a manobra, dois caças KF-16 da Coreia do Sul bombardearam acidentalmente uma área residencial em Pocheon.

Ao menos 29 pessoas ficaram feridas, das quais 14 eram soldados e 15 eram civis. O Ministério da Defesa sul-coreano suspendeu temporariamente os treinos de tiro real para investigar o caso, mas garantiu que o Freedom Shield seguirá conforme planejado.

R7

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