Na última quinta-feira (18), Leila Pereira, presidente do Palmeiras, abriu os contratos de patrocínio com a Crefisa e com a FAM para que o “Uol” tivesse acesso.

Conforme publicado pelo portal, os documentos mostram que a Crefisa paga um valor fixo de R$ 75 milhões por ano, e a FAM desembolsa R$ 6 milhões, o que dá R$ 81 milhões por temporada ao Verdão, sem que exista qualquer reajuste ano a ano.

O ato da presidente fez com que cerca de 40 conselheiros do clube elaborassem uma carta a respeito do tema.

ESPN teve acesso à carta. Nela, o grupo celebra que os números oficiais de patrocínios da Crefisa e da FAM foram revelados. No entanto, eles criticaram a “postura inadequada” de Leila Pereira pela forma como os documentos foram divulgados.

Após Leila expor os contratos ao “Uol”, o grupo de conselheiros voltou a renovar o pedido e o encaminhou à Diretoria Executiva.

O principal argumento por parte dos conselheiros é que o clube não liberou o acesso aos contratos de patrocínio mesmo após os trâmites internos necessários terem sido protocolados.

ESPN pôde saber que estes mesmos conselheiros não receberam nenhum tipo de justificativa por parte de Alcyr Ramos, presidente do Conselho Deliberativo, e tampouco da diretoria executiva do Palmeiras sobre o porquê de os requerimentos antigos não terem sido respondidos.

A reportagem consultou o Palmeiras, que emitiu o seguinte posicionamento:

A presidente Leila Pereira esclarece que os contratos de patrocínio celebrados pelo Palmeiras sempre estiveram à disposição dos integrantes do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), órgão composto por conselheiros eleitos pelo próprio CD (Conselho Deliberativo) e por ex-presidentes do clube. O “cofista” interessado em analisar um contrato deve fazer a solicitação ao presidente do COF.

Veja abaixo a carta publicada por conselheiros do clube:

São Paulo, 18 de janeiro de 2024.

Recebemos com satisfação a conquista dos torcedores e associados que, por meio de seus Conselheiros e Conselheiras e dos Membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), após meses de sucessivos requerimentos e questionamentos, conseguiram que a Sra. Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras divulgasse os contratos de patrocínio entre o clube e suas empresas.

No entanto, a maneira como os documentos foram divulgados é inadequada, desrespeitando e confrontando os poderes constituídos, que existem justamente para fiscalizar os atos de gestão e proteger a instituição.

É com este objetivo que reiteramos nosso compromisso em seguir buscando maior transparência na SEP e renovamos publicamente nosso pedido, já formalmente encaminhado à Diretoria Executiva, para obtermos acesso a todos os contratos que envolvem a SEP e as empresas da presidente Sra. Leila Pereira.

Movimento Somos Palmeiras

(Formado por Conselheiras e Conselheiros, Membros do Conselho de Fiscalização e Orientação, Associados, Sócios-Torcedores e Torcedores da SEP)

*Redação com ESPN