Por: Daniel Bocatto
Conforme publicado pelo portal, os documentos mostram que a Crefisa paga um valor fixo de R$ 75 milhões por ano, e a FAM desembolsa R$ 6 milhões, o que dá R$ 81 milhões por temporada ao Verdão, sem que exista qualquer reajuste ano a ano.
O ato da presidente fez com que cerca de 40 conselheiros do clube elaborassem uma carta a respeito do tema.
A ESPN teve acesso à carta. Nela, o grupo celebra que os números oficiais de patrocínios da Crefisa e da FAM foram revelados. No entanto, eles criticaram a “postura inadequada” de Leila Pereira pela forma como os documentos foram divulgados.
Após Leila expor os contratos ao “Uol”, o grupo de conselheiros voltou a renovar o pedido e o encaminhou à Diretoria Executiva.
O principal argumento por parte dos conselheiros é que o clube não liberou o acesso aos contratos de patrocínio mesmo após os trâmites internos necessários terem sido protocolados.
A ESPN pôde saber que estes mesmos conselheiros não receberam nenhum tipo de justificativa por parte de Alcyr Ramos, presidente do Conselho Deliberativo, e tampouco da diretoria executiva do Palmeiras sobre o porquê de os requerimentos antigos não terem sido respondidos.
A reportagem consultou o Palmeiras, que emitiu o seguinte posicionamento:
A presidente Leila Pereira esclarece que os contratos de patrocínio celebrados pelo Palmeiras sempre estiveram à disposição dos integrantes do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), órgão composto por conselheiros eleitos pelo próprio CD (Conselho Deliberativo) e por ex-presidentes do clube. O “cofista” interessado em analisar um contrato deve fazer a solicitação ao presidente do COF.
Veja abaixo a carta publicada por conselheiros do clube:
São Paulo, 18 de janeiro de 2024.
Recebemos com satisfação a conquista dos torcedores e associados que, por meio de seus Conselheiros e Conselheiras e dos Membros do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), após meses de sucessivos requerimentos e questionamentos, conseguiram que a Sra. Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras divulgasse os contratos de patrocínio entre o clube e suas empresas.
No entanto, a maneira como os documentos foram divulgados é inadequada, desrespeitando e confrontando os poderes constituídos, que existem justamente para fiscalizar os atos de gestão e proteger a instituição.
É com este objetivo que reiteramos nosso compromisso em seguir buscando maior transparência na SEP e renovamos publicamente nosso pedido, já formalmente encaminhado à Diretoria Executiva, para obtermos acesso a todos os contratos que envolvem a SEP e as empresas da presidente Sra. Leila Pereira.
Movimento Somos Palmeiras
(Formado por Conselheiras e Conselheiros, Membros do Conselho de Fiscalização e Orientação, Associados, Sócios-Torcedores e Torcedores da SEP)
*Redação com ESPN