Anadia/AL

23 de janeiro de 2025

Anadia/AL, 23 de janeiro de 2025

Léo Índio reclamou dos Bolsonaro, segundo a PF: ‘Deixado fora de tudo’

''Mensagens revelam "ressentimento" de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio''

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 23 de janeiro de 2025

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Imagem: Reprodução / Twitter

Por: Bruno Luiz

Denunciado pela PGR( Procuradoria-Geral da República) por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, Léo Índio reclamou em mensagens analisadas pela Polícia Federal de ter sido “deixado fora de tudo” pela família Bolsonaro.

O que aconteceu

Mensagens revelam “ressentimento” de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. Segundo as investigações da PF, ele demonstrou em diversos diálogos um “certo distanciamento” em relação à família Bolsonaro e guardar mágoa por não se sentir “suficientemente valorizado pelo trabalho que outrora desempenhara”.

Léo Índio é primo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filhos de Jair Bolsonaro (PL). Ele trabalhou no gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e aparecia constantemente em fotos ao lado dele nas redes sociais. Léo se apresenta como “sobrinho do Bolsonaro”.

Questionado por um interlocutor se participaria dos atos de 8 de janeiro, ele respondeu que estava sendo “deixado fora de tudo”. De acordo com a PF, Léo Índio não mostrou estar “fortemente engajado” no movimento para a intentona golpista devido ao ressentimento com a família.

Léo Índio foi denunciado pela PGR por cinco crimes. São eles: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A PGR também pede que ele pague uma multa para reparação dos danos, com valor a ser fixado.

O UOL procurou Léo Índio via assessoria da Assembleia Legislativa do Paraná, onde ele trabalha como assessor parlamentar. Se houver resposta, este texto será atualizado.

Denúncia aponta “provas suficientes” de que Léo Índio participou do 8 de janeiro e de outras atividades antidemocráticas. Entre elas, manifestações em acampamentos em frente a unidades militares após as eleições de 2022 e participação de grupos de WhatsApp com essa temática.

No 8 de janeiro de 2023, ele publicou no próprio Instagram uma foto sua no teto do Congresso. Com a repercussão, editou a legenda para justificar sua presença e atribuir à esquerda a destruição dos prédios dos Três Poderes. Até o momento, não há evidência da existência de “infiltrados” nos atos de vandalismo.

Cabe ao STF agora aceitar ou rejeitar a denúncia. Caso ela seja aceita, Léo Índio se tornará réu, alvo de uma ação penal, que envolve coleta de provas e depoimentos de acusação e defesa. É só nessa fase que a Corte julga se vai condená-lo ou absolvê-lo.

Redação  com Uol

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