Nesta quinta-feita (15), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, elencou falhas de monitoramento e de construção do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), e anunciou medidas mais rígidas de controle das unidades prisionais.
A penitenciária é uma das cinco criadas pelo governo federal em 2006 para receber lideranças de facções criminosas e presos perigosos. Os dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça, 36, e Deibson Cabral Nascimento, 34, são suspeitos de ligação com o Comando Vermelho, destaca reportagem da Folha de S.Paulo.
Em Mossoró, de onde acompanha o andamento das ações no presídio e nas buscas pelos foragidos, o secretário nacional de Políticas Penais do ministério, André Garcia, reconheceu que, se os protocolos de segurança da penitenciária federal tivessem sido seguidos rigorosamente, as duas fugas inéditas no sistema não teriam acontecido.
“Não há chance de acontecer uma fuga se os protocolos de segurança forem observados. É muito provável que os procedimentos de segurança não tenham sido empregados da forma como deveriam ser”, disse Garcia durante entrevista coletiva.
“Vamos ampliar sistema de alarme e sensores nas cinco unidades prisionais federais e requisitar nomeação de 80 policiais penais já aprovados em concurso para reforçar o sistema prisional federal”, anunciou Lewandowski, na entrevista em Brasília.
O ministro disse que trabalhará na modernização do sistema de videomonitoramento dos presídios e no aperfeiçoamento do controle de acesso aos presídios federais com sistema de reconhecimento facial para presos, visitantes e administradores.
Além disso, afirmou que irá construir muralhas em todos os presídios federais.
Redação com Brasil 247