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21 de julho de 2024

Anadia/AL, 21 de julho de 2024

Lewandowski deve manter no ministério nome do PT e sonda chefe do MP-SP para área de segurança

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 19 de janeiro de 2024

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ainda em processo de montagem de sua equipe, o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, indicou que deve manter ao menos dois nomes que já atuam na pasta: o ex-deputado Wadih Damous (PT), secretário Nacional de Defesa do Consumidor, e a advoga Sheila de Carvalho, atualmente assessora especial. Além disso, Lewandowski sondou o procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), uma das posições mais sensíveis do ministério. A posse do ministro está marcada para 1º de fevereiro.

Lewandowski e Sarrubbo são amigos e conversaram em São Paulo recentemente. O procurador-geral está próximo de se aposentar do MP e vinha sendo cotado para integrar a lista de indicados ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Sarrubbo tem boa relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin e é considerado um nome que também transita bem na esquerda.

Ele foi indicado à chefia do MP paulista pelo governo João Doria (PSDB) e reconduzido para um mandato de mais dois anos em 2022 por Rodrigo Garcia (PSDB). Em abril do ano passado, quando o ministro se aposentou do Supremo Tribunal Federal e recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Santo Amaro (Unisa), Sarrubbo discursou, elogiando-o como “humanista e ferrenho defensor da Constituição”.

Entre os nomes que devem ficar, além de Damous e Carvalho, também permanecerá na equipe o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Como antecipou O GLOBO, Rodrigues é nome da confiança pessoal do Lula e não deixará o cargo apesar da mudança no comando do MJ.

Wadih Damous é petista que não se afastou de Lula durante todo o período em que esteve preso em Curitiba. É próximo do ministro de Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, e conta com a simpatia de Lewandowski.

Já Sheila de Carvalho é ligada ao Grupo Prerrogativas e uma das lideranças da Coalisão Negra por Direitos, organização que atua em favor de políticas públicas de inclusão. Ela é cotada para assumir a Secretaria de Acesso à Justiça, cargo atualmente ocupado por Marivaldo de Castro Pereira, ligado ao PSOL.

A permanência da secretária Nacional de Política sobre Drogas, Marta Machado, e da secretária de Direitos Digitais, Estela Aranha, ainda está sendo avaliada pelo ministro. Como mostrou o GLOBO, setores da esquerda trabalham para que Aranha continue no posto.

Entre nomes já confirmados na equipe estão o do advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que deve ser o secretário-executivo, posto número 2 na hierarquia da pasta. Atual diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Almeida Neto é um dos nomes mais próximos de Lewandowski. Foi secretário-geral do Supremo Tribunal Federal (STF) quando Lewandowski presidiu a Corte e um dos principais auxiliares do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ana Maria Neves vai ocupar o posto de chefe de gabinete no ministério. Ela já ocupava este posto na Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde Lewandowski ocupava o cargo de conselheiro jurídico. Outro nome muito próximo a Lewandowski e que poderá ocupar uma vaga no MJ é o advogado e professor de Direito Georghio Alessandro Tomelin. Considerado um dos principais conselheiros do novo ministro, Tomelin já foi professor assistente de Lewandowski.

*Redação com Tribuna do Sertão 

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