Anadia/AL

7 de maio de 2025

Anadia/AL, 7 de maio de 2025

Lula chega hoje à Rússia para participar da celebração do Dia da Vitória e fortalecer relações estratégicas

Presidente brasileiro estará ao lado de Putin, Xi Jinping e outras lideranças do mundo multipolar

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 7 de maio de 2025

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministro Camilo Santana durante reunião com ministros e reitores de universidades e institutos federais, no Palácio do Planalto. | Sérgio Lima/Poder360 - 10.jun.2024

Sérgio Lima/ Poder 360- 10. jun. 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na noite desta terça-feira (6) para uma missão diplomática de grande relevância internacional, que inclui passagens por Moscou e Pequim, indorma o G1.

A viagem, que se estende por uma semana, reforça a projeção global do Brasil em meio a disputas geopolíticas intensas e à redefinição das alianças econômicas mundiais.

Em Moscou, Lula participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha Nazista, em 9 de maio — o Dia da Vitória.  Ele estará ao lado de Putin, Xi Jinping e outras lideranças do mundo multipolar. A presença do presidente brasileiro neste evento carrega um forte simbolismo político e histórico. Trata-se de uma data emblemática para a memória antifascista mundial, celebrada com grande reverência na Rússia e marcada por um desfile militar que remonta à rendição alemã em 1945. O comparecimento de Lula reforça o compromisso do Brasil com a paz, a memória histórica e a cooperação entre os povos.

Além de prestigiar a solenidade ao lado do presidente russo Vladimir Putin e de outras autoridades estrangeiras, Lula deverá manter conversas bilaterais com Putin e com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. A agenda inclui temas delicados e estratégicos, como o conflito na Ucrânia e o comércio bilateral — especialmente no tocante à importação de fertilizantes, insumo fundamental para o agronegócio brasileiro.

Lula tem buscado, desde seu retorno à presidência em 2023, desempenhar um papel de mediador no conflito entre Rússia e Ucrânia. A viagem reforça a imagem de um Brasil que deseja atuar como articulador de soluções diplomáticas, numa conjuntura global marcada por polarizações e sanções unilaterais.

A comitiva presidencial inclui ministros e parlamentares de peso, como o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores), o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), o ex-chanceler e assessor especial Celso Amorim, além do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), e do vice-presidente da Câmara, deputado Elmar Nascimento (União-BA). A primeira-dama Janja da Silva já se encontra na Rússia a convite do governo local.

Após a passagem pela Rússia, Lula segue para Pequim, onde participará do Fórum China-Celac nos dias 12 e 13 de maio. O encontro visa aprofundar os vínculos entre os países latino-americanos e caribenhos com a China, maior parceiro comercial do Brasil. O fórum ocorre em um momento de crescente tensão entre Pequim e Washington, com os Estados Unidos — sob o comando do presidente Donald Trump — intensificando as tarifas contra produtos chineses.

A presença de Lula no evento representa uma sinalização clara do interesse brasileiro em fortalecer alianças dentro do Sul Global e diversificar suas parcerias econômicas. O governo também busca atrair novos investimentos chineses em infraestrutura e ampliar as exportações de commodities agrícolas — especialmente grãos e carnes — para o mercado chinês.

Além do encontro multilateral, Lula terá uma reunião bilateral com o presidente chinês Xi Jinping. A expectativa é que ambos assinem uma série de acordos voltados ao desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologia, infraestrutura e comércio. Essa visita de Estado ocorre meses após Xi ter visitado o Brasil, em novembro de 2024, o que evidencia o fortalecimento do eixo Brasília-Pequim no novo tabuleiro global.

A viagem de Lula à Rússia e à China, duas potências integrantes do Brics, reforça a política externa de caráter soberano e multipolar que o governo brasileiro tem adotado. A presença do presidente em eventos de alto simbolismo, como o Dia da Vitória soviética, e em fóruns estratégicos como o China-Celac, sinaliza o compromisso do Brasil com o multilateralismo, a cooperação entre países em desenvolvimento e a construção de uma ordem internacional multipolar e mais equilibrada.

Redação com Brasil 247 

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