As últimas maquinações na política alagoana chamaram atenção da imprensa nacional pelo complexo arranjo, pelos personagens e pela ampla cadeia de compromissos. Tudo isso fica ainda mais relevante com a participação direta do presidente Lula. Sim, a aliança sobre as eleições 2026, com as disputas ao governo e ao Senado no pacote, vai reverberar por meses a perder de vista. O arco sai da prefeitura e termina no Planalto.
A Veja dedicou ao tema uma reportagem detalhada, explicando quem é quem no organograma, os cargos em disputa e o que cada um prometeu fazer. Você já sabe. O prefeito João Henrique Caldas ganhou a nomeação da tia Marluce Caldas no STJ. Em troca, não vai às urnas e fica no cargo até o fim do mandato. A decisão de JHC pavimenta o caminho de Renan Calheiros e Arthur Lira rumo a mandatos de senador.
O PT mapeia a situação nos estados nessa costura de chapas eleitorais. Os acordos locais, é claro, podem causar barulho interno, mas a prioridade, nesses casos, é a parada presidencial. Daí a participação ostensiva de Lula no diálogo com as forças regionais. O mesmo ocorre em negociações em vários estados do Nordeste.
Outro detalhe chamativo no evento Alagoas é a pacificação entre Renan Calheiros e Arthur Lira. Rivais em todas as eleições pretéritas, podem marchar juntos na corrida futura. Como você também sabe, são duas vagas ao Senado. Todas as pesquisas, projeções matemáticas e cartas de adivinhação decretam que a dupla está eleita.
O deputado Alfredo Mendonça e o ex-deputado Davi Davino Filho teriam potencial de atrapalhar esses planos. Mas um e outro sabem que o cenário que se desenha não é moleza. Se JHC cumprir a palavra – sim, tem mais essa –, Renan e Lira não devem ter adversários à altura. Sobre o governo, Renan Filho é o nome mais forte.
Do lado de Lula, do PT e aliados, prioridade é a montagem dos chamados palanques locais fortes. Daí porque o empenho com Caldas, Calheiros, Lira e quem mais estiver pelo caminho. O vice-prefeito de Maceió, Rodrigo Cunha, é o coadjuvante no lugar que lhe cabe – o de esperar as decisões e as consequências sobre seu futuro.
Além dos apoios na disputa pela reeleição, Lula já alertou para a importância de ter maioria no Senado. É por ali que a extrema direita sonha com um ataque mortal ao Judiciário e ao Executivo. A obsessão número um é o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A chantagem sobre o governo é a outra parte do projeto.
Eis o contexto no qual o Acordão de Brasília foi assinado. Como nota o jornalismo nacional, Alagoas dá sua contribuição nesse vendaval de dimensões inéditas.
Redação com Cada Minuto
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