Durante o Fórum Brasil-China realizado nesta segunda-feira (12) em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a parceria estratégica entre os dois países e defendeu uma aliança cada vez mais sólida baseada em interesses mútuos e desenvolvimento sustentável.
Lula destacou a trajetória positiva da cooperação sino-brasileira, iniciada há meio século, e ressaltou que a presença de uma ampla comitiva brasileira — formada por ministros, governadores, parlamentares e empresários — demonstra o comprometimento com uma “comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e um planeta sustentável”.
“O potencial da relação entre China e Brasil é inesgotável”, afirmou o presidente, ao pontuar que o comércio bilateral cresceu aproximadamente 30 vezes entre 2003 e 2025. O país asiático, segundo Lula, tornou-se não apenas o principal parceiro comercial do Brasil, mas também um dos maiores investidores: saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimentos diretos no país, com um estoque superior a US$ 54 bilhões.
Foco em reindustrialização e inovação – Em sua fala, o presidente apresentou o programa Nova Indústria Brasil como um instrumento essencial para fortalecer a cooperação industrial entre os dois países. “É um programa para que empresas chinesas e brasileiras possam construir novas parcerias», explicou. Como exemplos de inovação e competitividade, Lula mencionou a Embraer, terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, e a WEG, referência global em motores elétricos”.
Ele também destacou iniciativas de modernização do ambiente regulatório e estímulo à inovação, com parcerias público-privadas e segurança jurídica para investidores estrangeiros. “Aprovamos uma reforma tributária que vai facilitar a entrada de investimentos estrangeiros no Brasil”, lembrou, com apoio do Congresso Nacional.
Estabilidade como atrativo para o investimento – Lula frisou ainda que o Brasil oferece hoje uma conjuntura favorável aos negócios. “O Brasil é um país que hoje garante estabilidade fiscal aos investidores, estabilidade econômica, estabilidade jurídica, estabilidade política e, mais importante, garante estabilidade social”, afirmou.
O presidente reiterou seu compromisso com a inclusão social e a distribuição equitativa dos frutos do crescimento econômico. “Se há uma coisa pela qual vale a pena alguém querer governar uma cdade, um estado ou um país, é medir a qualidade de vida que seu povo terá depois que terminar seu mandato”, defendeu. Ele acrescentou que “o resultado deste crescimento tem que ser repartido com a totalidade do povo brasileiro, e não apenas para aqueles que já participam ativamente das benesses do Estado brasileiro”.
Brasil volta a crescer – No encerramento de sua fala, Lula celebrou o retorno do crescimento econômico desde sua volta à Presidência. “A última vez que meu Brasil cresceu acima de 3%, a última vez depois de 2010, foi agora na minha volta à Presidência da República. Crescemos 7,5% em 2010. Depois o Brasil parou de crescer. Quando voltamos em 2023, o Brasil voltou a crescer acima de 3%”, disse. Para ele, o verdadeiro sucesso da economia está em garantir que os avanços cheguem a todos os brasileiros.
Redação com Brasil 247
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