Anadia/AL

29 de julho de 2025

Anadia/AL, 29 de julho de 2025

Lula tira Brasil do Mapa da Fome após retrocesso com Bolsonaro

🔰 Esta é a segunda vez em que o Brasil deixa o Mapa da Fome, elaborado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) - 21h45min.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 28 de julho de 2025

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Comida servida aos alunos em escola | Foto: Agência Brasil

🔰 Por Augusto de Souza

Sob o governo do presidente Lula (PT), o Brasil deixou oficialmente o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (28) durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares em Adis Abeba, Etiópia. O documento “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” aponta que menos de 2,5% da população brasileira está em situação de subnutrição – limite que classifica um país como tendo insegurança alimentar grave.

Esta é a segunda vez em que o Brasil deixa o Mapa da Fome, elaborado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). A primeira saída ocorreu em 2014, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT) e após uma década da criação do programa Fome Zero, mas o país retornou à lista preocupante entre 2018 e 2020, quando os índices de insegurança alimentar voltaram a subir entre os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025” analisou dados dos últimos três anos (2022-2024) para chegar aos resultados atuais.

Lula abraçado por crianças do Instituto Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Especialistas destacam que o principal desafio brasileiro não está na produção de alimentos, já que o país é um dos maiores produtores mundiais, mas no acesso da população a uma alimentação adequada.

O debate sobre o modelo de produção agrícola nacional divide opiniões. Enquanto alguns defendem maior equilíbrio entre exportação e abastecimento interno, argumentando que a produção agropecuária tem se voltado mais à exportação do que ao abastecimento interno, outros especialistas alegam que o atual sistema já atende tanto o mercado externo quanto o doméstico, ressaltando que aumentar a produção não vai tirar pessoas da fome.

As mudanças climáticas emergem como preocupação central no cenário futuro. Consideradas “o principal risco para o desabastecimento”, as alterações no clima podem impactar diretamente a capacidade produtiva do país nos próximos anos. Outro desafio persistente são os chamados “desertos alimentares”, regiões com acesso limitado ou inexistente a alimentos saudáveis e nutritivos.

A FAO define como desnutrida a pessoa que consome habitualmente menos calorias e nutrientes do que o necessário para manter uma vida saudável.

🔰 Redação C/ DCM


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