Luiz Carlos Azenha
A ministra do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, Marina Silva, disse hoje a jornalistas brasileiros que acompanham a COP29 que a meta que o Brasil apresentará para redução de gases de efeito estufa é mais ambiciosa que a de outros países.
Trata-se da Meta Nacional Determinada, conhecida pela sigla em inglês NDC, que o Brasil detalhará na reunião desta quarta-feira, 13, em Baku.
A ministra disse que o Brasil pretende liderar “pelo exemplo”.
Marina Silva afirmou que o Brasil fez o dever de caso, ao desenvolver um plano de transformação ecológica, um plano clima e um plano de controle do desmatamento para todos os biomas brasileiros:
Donald Trump
À Fórum, Marina repetiu o que já havia dito o ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, mais cedo: apesar da ausência de Donald Trump e do futuro presidente dos Estados Unidos ser um negacionista, os estados americanos tem grande autonomia e a sociedade civil local deverá pressionar a Casa Branca por ações contra a emergência climática.
Até agora, a delegação brasileira apresentou um discurso coerente, com ênfase na defesa do agronegócio que não avance sobre novas áreas, garanta a segurança alimentar e ajude a derrubar a inflação no preço da comida.
O país faz isso por motivos óbvios: como disse o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, à Fórum, o Brasil fornece 75% do suco de laranja consumido no planeta, 35% da carne de frango, 24% da carne bovina e 14% da carne suína — e o objetivo é de chegar ao final do governo Lula com presença em 300 mercados.
* Revista Fórum
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