Anadia/AL

22 de julho de 2024

Anadia/AL, 22 de julho de 2024

Médico britânico cria fundação no Líbano para tratar crianças palestinas feridas na guerra em Gaza

Ghassan Abu Sitta, médico-cirurgião britânico de origem palestina, de 55 anos, está ajudando crianças de Gaza a reconstruir suas vidas por meio de uma fundação que cobre o tratamento de ferimentos de guerra. A primeira criança chegou em Beirute na semana passada, depois de uma longa espera no Egito. Outras evacuações de refugiados estão planejadas e mais crianças podem chegar para tratamentos.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 6 de junho de 2024

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Ghassan Abu Sitta, o cirurgião britânico de origem palestina que cuida de crianças feridas pela guerra em Gaza. © Henry Nicholls / AFP

Estima-se que mais de 14 mil crianças palestinas foram mortas em Gaza e mais de 12 mil ficaram feridas na guerra travada pelo exército israelense depois do dia 7 de outubro. Desde que o cirurgião Ghassan Abu Sitta foi para o enclave palestino no início do conflito, ele tinha o desejo de tratar dessas crianças feridas de Gaza e ajudá-las a reconstruir suas vidas.

Adam Afana, de 5 anos de idade, é o primeiro pequeno cidadão de Gaza a chegar ao Líbano para tratamento. Ferido no braço esquerdo no início da guerra, ele correu o risco de ser amputado. Vários de seus parentes foram mortos. Seu tio Eid, que o acompanhou na viagem até Beirute, fala com emoção.

“A irmã de Adam, uma de suas tias e sua avó foram mortas no bombardeio que o feriu”, relata. “Seus pais ficaram gravemente feridos, e seu pai não sobreviveu. Adam foi tratado em hospitais da melhor forma possível (…) Fui eu quem o tirou de Gaza e o levou para o Egito”, detalha o tio do menino.

A chegada de Adam ao Líbano foi possível graças a uma fundação que apoiará seu tratamento. Ela foi criada pelo cirurgião Ghassan Abu Sitta, que está familiarizado com Gaza e com ferimentos de guerra, e que exerceu a profissão por dez anos em Beirute.

“Beirute tem especialistas com experiência em ferimentos de guerra, devido aos conflitos no Líbano, às invasões israelenses e ao recebimento de feridos do Iraque e da Síria. Há um alto nível de especialização no tratamento de vítimas de guerra, o que é único no mundo”, enfatiza o médico.

Beirute também é um centro cultural para as crianças feridas. Após seu tratamento, Adam, o pequeno sobrevivente, poderá se reunir com sua mãe, que se encontra em recuperação no Egito.

Fonte: RFI

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