A jovem de 12 anos, que foi encontrada morta em uma calçada, no bairro Bela Vista, em Belo Horizonte, em 16 de janeiro, foi estuprada e asfixiada. A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta sexta-feira, 26.
Segundo o delegado Leandro Alves, a menina teve o tórax comprimido, de forma que ela não conseguiu respirar e veio a óbito. “A vítima, de fato, teve uma convulsão, conforme disse o investigado em declarações, porém, em decorrência da sufocação que ela sofreu”, explicou ele.
De acordo com o suspeito, um homem de 25 anos, a vítima teria pedido um copo de água, e por isso ele a levou para casa. Ele alegou que, no imóvel, a menina teria usado loló e passado mal, o que poderia ter causado a morte dela.
No entanto, os exames periciais comprovaram que ela não usou nenhum tipo de droga. Imagens de câmeras de segurança, inclusive, flagraram o suspeito carregando o corpo da menina e o abandonando na rua.
Entenda o crime
Alessandra Wilke, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que o suspeito convenceu a menina a acompanhá-lo até a casa dele, utilizada para práticas sexuais e consumo de substâncias entorpecentes.
“Foram achados no local muitos preservativos, usados e não usados, resquícios de entorpecentes e havia também muitos brinquedos, fitas de vídeos e desenhos infantis pregados na parede”, disse Alessandra. Ela também contou que, após exame feito no corpo da jovem, ficou constatado que o hímen dela havia sido rompido durante o estupro.
Apesar de o suspeito ter negado o estupro, exames realizados pela perícia criminal da PCMG constataram que o material genético encontrado no corpo da vítima é o mesmo DNA do suspeito.
“Ele pensou de todas as formas em encobrir os rastros, em tentar simular como ela teria morrido do lado de fora da casa, inclusive no endereço vizinho, para dizer que a encontrou na porta da casa do vizinho, onde teria passado mal”, afirmou o delegado, que também acredita que a jovem tenha sido sufocada no momento do estupro.
O rapaz foi indiciado pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável, corrupção de menor e fraude processual. Ele já havia sido detido em flagrante no dia do crime, mas a prisão foi convertida em preventiva.
Repetição do crime
O mesmo homem de 25 anos, inclusive, tem reincidência criminosa. O perito criminal Giovanni Vitral contou que, como a investigação apontou que, provavelmente, ele tinha outra vítima, logo ligaram o caso dele a outro estupro de uma adolescente de 12 anos, que aconteceu em 2021.
A perícia confirmou, pelo material genético do suspeito, o envolvimento dele no crime. “A gente já processou as amostras também que foram encontradas no corpo dessa segunda vítima”, contou o perito.
* Redação com Terra