De acordo com o Google Maps, o percurso pode variar entre 251 km e 255 km e a viagem pode durar até quase 15h, sendo feita utilizando o veículo relatado pela adolescente.
Layza foi recebida no distrito de Novo Lino pela mãe e por conselheiros tutelares de Atalaia. Ela foi deixada em frente a um hospital na cidade pernambucana, após o delegado Gustavo Pires aconselhar o namorado a deixá-la em um local público.
Nesta quinta-feira, 18, o delegado deve ouvir parentes da menina e do menino. Ele também aguarda ainda para esta semana a entrega de um relatório do CREAS (Centro de Referência de Assistência Social) de Atalaia e os laudos dos exames feitos na adolescente de 12 anos pelo IML (Instituto Médico Legal).
O TNH1 teve acesso a prints que mostram conversas entre Layza e o jovem, identificado nas redes como “Alê”.
Nas imagens, o menino questiona se ela ainda quer que ele vá até a casa dos pais e Layza diz que “não aguenta mais”. Um outro registro, aparentemente mais tarde, mostra “Alê” perguntando se os pais da adolescente já estariam dormindo e pede para que ela abra a porta “devagar”. A menina relata estar com medo.
A mulher, que terá o nome preservado pelo TNH1, registrou a conversa. Em um trecho, o adolescente se identifica como Marcos e diz que tem 16 anos e que teria conhecido Layza através de um aplicativo de amizades. Ainda segundo ele, Layza teria dito ser mais velha.
O namoro estaria acontecendo sem o conhecimento dos pais dos adolescentes. “Faz tempo que a gente se conhece. […] A gente começou a namorar por celular e eu disse: ‘Layza, fala com sua mãe para a gente namorar’. Ela não quis porque tem medo”, disse.
Em um vídeo gravado, a mãe de Layza diz que a menina não teria motivos para ir embora e que era muito bem tratada.
*Redação com TNH1