De acordo com a divulgação do evento, a Feira reunirá arte gastronomia e utilitários em um só lugar, no próximo sábado, dia 8, das 9 às 17 horas, na Rua Tobias Barreto, no Flexal.
Liderança do Flexal, Valdemir Alves afirmou que o evento não é promovido pela comunidade. “Essa feira é só um ‘H’, como é o JHC”, disse, referindo-se ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas.
De acordo com ele, essa é inventada por pessoas, por um pequeno grupo que está se apresentando como líderes sem defenderem os interesses da comunidade.
“Nós que fazemos a verdadeira luta pela realocação e pela valorização do nosso patrimônio, não concordamos com isso, não compactuamos com esse tipo de atitude. E é nojento, para mim não tem sentido isso! Eu tenho até certeza que eles podem pagar até pessoas de fora para vir comprar nessa feira, para dizer que são pessoas do Flexal. Por isso que nossa situação está cada vez pior. Tem que ser cumprida a Constituição e a Braskem tem que pagar pelo crime. O que está acontecendo é que estão nos obrigando a permanecer aqui a força, nesse lugar insalubre”, salientou.
Na avaliação de Valdemir Alves, essa “suposta” feira é mais uma agressão a dignidade, aos direitos tão desrespeitados já. “Tínhamos um centro comercial de mais de 80 anos de história que nos foi tirado. Aí querem em uma tarde de evento fingir que estão resgatando o comércio no Flexal. Acabaram com o poder econômico do nosso bairro. É mais uma ação dolosa, mais um crime contra os moradores do Flexal. Transformaram nosso bairro em um pedaço de rua”, desabafou.
Outra liderança, Neirevane Nunes, destacou que a população do Flexal quer ser realocada, não quer uma feira fictícia. Segundo ela, é mais uma farsa, uma maquiagem da Braskem manipulando uma pequena parcela da comunidade.
A reportagem da Tribuna Independente procurou a Braskem. Até o fechamento desta edição, a assessoria de comunicação da mineradora não retornou.
*Redação com Tribuna Hoje