“Não é possível o país ser rico se a cidade é pobre. Não tem país rico com cidade pobre. Não é possível tomar decisões políticas a nível nacional sem a gente medir a consequência dela quando chega na ponta, na cidade. Isso me incomoda, porque cada vez que a gente toma uma medida que significa recolher dinheiro de alguém, significa que alguém vai pagar, e muitas vezes – e quero ser muito honesto – os prefeitos têm razão, porque nós aprovamos um monte de coisa, transferimos muita responsabilidade – mais educação, mais saúde, mais transporte -, e muitas vezes nós precisamos transferir uma parte do dinheiro junto para poder o prefeito conseguir cumprir o que determinamos”, acrescentou.
O presidente também fez um apelo para que, diante das eleições municipais no final deste ano, seja mantida a “civilidade” entre os concorrentes. “Não permitam que as eleições deste final de ano façam com que vocês percam a civilidade. Esse país está precisando de civilidade, de harmonia, de muito mais compreensão”.
Entre os anúncios, Lula afirmou que o governo apresentará um novo prazo para o financiamento das dívidas previdenciárias dos municípios e novas regras para o pagamento de precatórios, a fim de aliviar as contas das prefeituras. Ele também pediu urgência na tramitação do projeto de lei que trata da desoneração da folha de pagamentos das prefeituras, argumentando que os prefeitos não devem ser “pegos de surpresa”.
*Redação com Brasil 247