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Os mediadores da guerra de Israel contra o povo palestino devem se reunir novamente neste domingo (3), no Cairo, capital do Egito, para buscar uma fórmula aceitável a Israel e ao Hamas para um cessar-fogo duradouro em Gaza, disseram fontes com conhecimento das negociações, depois que governos estrangeiros recorreram a lançamentos aéreos para ajudar civis famintos desesperados na Faixa de Gaza.
Espera-se que delegações israelenses e do Hamas cheguem ao Cairo no domingo, disseram duas fontes de segurança egípcias, embora outra fonte informada sobre as negociações tenha dito que Israel não enviaria uma delegação até obter uma lista completa dos reféns que ainda estão vivos, informa a Reuters.
As esperanças pela primeira pausa nos combates desde novembro aumentaram na semana passada, após uma rodada anterior de negociações mediadas pelo Catar e pelo Egito em Doha e indicações do presidente dos EUA, Joe Biden, de que o acordo estava próximo.
“O caminho para um cessar-fogo agora, literalmente, a esta hora, é simples. E há um acordo sobre a mesa. Há um acordo-quadro. Os israelenses mais ou menos o aceitaram”, disse im alto funcionário americano aos repórteres. “A responsabilidade agora recai sobre o Hamas.”
Biden disse que espera que um cessar-fogo seja estabelecido até o início do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa em 10 de março.
Biden e outros líderes mundiais estão sob pressão crescente para aliviar a situação cada vez mais desesperada dos palestinos, após cinco meses de genocídio e do bloqueio israelense a Gaza. As Nações Unidas afirmam que um quarto da população – 576 mil pessoas – está a um passo da fome.
As forças israelenses mataram 118 pessoas que tentavam chegar a um comboio de ajuda perto da cidade de Gaza na quinta-feira, provocando indignação global com a catástrofe humanitária. Um dia depois, Biden anunciou planos para o lançamento aéreo dos EUA no sábado, que também envolveu forças jordanianas.
Outros países, incluindo a Jordânia e a França, já tinham realizado lançamentos aéreos de ajuda em Gaza.
Redação com Brasil 247