Anadia/AL

28 de outubro de 2024

Anadia/AL, 28 de outubro de 2024

Norte e Nordeste têm maior número de casas com insegurança alimentar

Pandemia agravou quadro e 60% da população não tem acesso permanente à alimentação, diz IBGE | 08:36 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 29 de abril de 2024

Agência Brasil

Segundo o economista Aurélio Trancoso, é preciso ter uma gestão pública independente — sem levar em consideração a parte política. Na opinião do especialista, o aumento de impostos e a nova carga tributária podem complicar ainda mais esse cenário.

“As pessoas não conseguem hoje comprar. Nós ficamos mais pobres depois da pandemia, não teve aumento de salário e teve aumento de produtos”, lamenta. O analista da PNAD Contínua André Luiz Martins Costa avalia o resultado da pesquisa:

“São 20,6 milhões de brasileiros em domicílios que tiveram o grau de insegurança alimentar moderada ou grave, que são graus associados a domicílios que passam por uma restrição severa de alimentos em quantidade e variedade”. Ao complementar, André Luiz diz que essa insegurança alimentar também é marcada por desigualdades:

“Domicílios no norte e nordeste apresentam um nível de insegurança alimentar maior se comparado com aqueles domicílios das regiões sudeste e sul também são notáveis com relação à comparação de domicílios com segurança alimentar ou com insegurança alimentar”, aponta.

Insegurança alimentar

A insegurança alimentar ocorre quando os moradores do domicílio não têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, conforme o Ministério da Saúde. Ela pode ser classificada da seguinte forma:

Insegurança alimentar leve: quando há comprometimento da qualidade da alimentação em detrimento da manutenção da quantidade entendida como adequada;

Insegurança alimentar moderada: ocorrem modificações nos padrões usuais da alimentação entre os adultos simultaneamente à restrição na quantidade de alimentos entre os mesmos;

Insegurança alimentar grave: são caracterizados pela quebra do padrão usual da alimentação com comprometendo a qualidade e a redução da quantidade de alimentos de todos os membros da família, inclusive das crianças, podendo ainda incluir a experiência de fome.Os dados da pesquisa revelam que 21,6 milhões de domicílios (27,6%) são afetados por algum grau de insegurança alimentar. A forma mais grave engloba cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%).

O levantamento mostra ainda que, enquanto as regiões Norte e Nordeste têm menor possibilidade de ter domicílios em segurança alimentar, a pesquisa revela que o Centro-Oeste com 75,7%, Sudeste 77,0% e Sul 83,4% apontam maiores percentuais.

*Redação com o Jornal Extra

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