Por Thalys Alcântara e Rebeca Borges
O nome do diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, foi ignorado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Em julho do ano passado, o deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA) escreveu um requerimento para que Moretti fosse convocado a depor na CPMI. No entanto, o pedido não foi pautado pelo presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União-BA). Os requerimentos só eram colocados em pauta após acordo entre parlamentares de oposição e governo.
Moretti está na corda bamba após a PF revelar nesta semana que, durante uma reunião em março, ele chamou a investigação sobre espionagem ilegal na Abin de algo com “fundo político e que iria passar”.
Antes disso, o nome de Moretti já era motivo de atritos com a PF e o Ministério da Justiça, já que ele era “braço direito” de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública do DF e foi chefe da inteligência da Polícia Federal no governo Bolsonaro.
Informações valiosas
No requerimento de julho, Duarte Jr. lembrou as ligações do número dois da Abin com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso até maio por suspeita de omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro.
O deputado entendeu na ocasião que Moretti poderia “trazer informações valiosas para o prosseguimento desta nobre Comissão”.
Uma das discussões durante a CPMI foram os relatórios da Abin sobre os riscos de atos extremistas que não chegaram ao ministro da Justiça Flávio Dino, mas seriam compartilhados em grupos de WhatsApp com integrantes do governo Bolsonaro.
* Redação com Metrópoles
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