Rodrigo Amorim, candidato a prefeito da capital fluminense pelo União Brasil, é apontado como agressor do candidato petista, mas Amorim nega. Sobre o político, que é deputado estadual no Rio de Janeiro, a carta diz: “Não podemos aceitar que um deputado estadual e candidato a prefeito fique impune depois de praticar uma agressão covarde”.
Em outro trecho, os partidos afirmam que Amorim “possui reiterado comportamento relacionado à violência política em curta trajetória na vida pública”. Um dos casos mais conhecidos é a manifestação de 2018 em que ele quebrou uma placa com o nome de Marielle Franco. Em outro caso, ele cometeu transfobia com Benny Briolly, vereadora trans do PSOL em Niterói, e foi condenado por violência política de gênero pelo TRE do Rio.
O texto, que fala em “truculência e violência” por parte de Amorim, tem adesões de PcdoB, PV, PSB, PSD (de Eduardo Paes), Cidadania, PSOL (de Tarcísio Motta), MDB — integrante da coligação do bolsonarista Alexandre Ramagem (PL) e PDT, além do PT.
Ao longo da carta aberta, as legendas dizem que “na última semana, várias campanhas foram vítimas de agressões, culminando com a violência sofrida pelo candidato Leonel Querino”. Além dele, vítima de agressão física, também foram relatadas agressões verbais pelas campanhas de Mônica Francisco (PSOL) e Gilberto Palmares (PT). Esses episódios não estão relacionados a Rodrigo Amorim.
Ao fim do texto, os partidos afirmam que “medidas necessárias” contra Rodrigo Amorim vão ser tomadas nas esferas eleitoral e criminal. Leonel Querino formalizou a agressão por meio de um boletim de ocorrência. Amorim disse à Polícia Civil que não agrediu o candidato e que teria sido caluniado por ele.
TRE-RJ se manifesta sobre episódio de agressão
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE- RJ), Henrique Carlos de Andrade Figueira, pediu serenidade às siglas. Em reunião com partidos nesta segunda, dia 2, o desembargador disse:
“Peço que conversem com suas bases, candidatos e cabos eleitorais para pedir que as campanhas sejam feitas com respeito e sem conflitos físicos”, disse o presidente, segundo nota do TRE. “A política é a arte da conversa, brigas como as que ocorreram recentemente não fazem bem para o partido e para os candidatos. Eles devem brigar com palavras apenas, isso é o que se espera do político”.
Novo boletim divulgado pelo Hospital Glória D’Or informa que Leonel recebeu alta médica na noite desta segunda-feira (2).
ICL Notícias