O PDT vive um momento de turbulência interna, com parte de sua liderança questionando a permanência de Ciro Gomes, figura central do partido por décadas. De acordo com informações do jornalista Pedro Venceslau, da CNN Brasil, uma ala significativa da legenda defende a expulsão de Ciro, em meio à reorganização partidária e discussões sobre federações e fusões para as eleições de 2026. Apesar disso, o ex-presidenciável ainda conta com um grupo fiel de apoiadores, apelidado de “cirominions”, que tentam garantir sua influência dentro da legenda.
O futuro do PDT está em jogo. Com planos de fusão já para 2025, a sigla busca fortalecer sua posição e superar a cláusula de barreira em 2026, que pode determinar sua continuidade como partido com direito a fundo eleitoral e tempo de propaganda no rádio e na TV. Entre as possibilidades estudadas estão fusões com o PSB, que já sinalizou interesse nas negociações, e com o PSDB, que também se mostrou aberto a uma união.
Um dos pontos de maior tensão envolve a posição de Ciro Gomes em relação a seu irmão, Cid Gomes. Cid, atualmente no PSB, se alinhou ao PT no Ceará e apoia o projeto do governo Lula, enquanto Ciro se firmou como antipetista. Essa divisão familiar reflete diretamente no posicionamento político do PDT, que hoje integra a base de apoio ao governo federal. Ciro, por sua vez, vem criticando abertamente essas alianças.
Outro fator de desgaste é a campanha de Ciro contra Evandro Leitão, candidato do PT à prefeitura de Fortaleza, que tem o apoio de Cid Gomes. Ciro se opôs publicamente a Leitão, o que desagradou setores do PDT, especialmente porque o adversário na disputa é o bolsonarista André Fernandes, do PL. Para muitos dentro da legenda, o apoio de Ciro a qualquer candidato que favoreça a direita e Bolsonaro é inaceitável.