
A Polícia Civil de Alagoas concentra esforços na identificação dos três homens encapuzados que invadiram uma residência no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió, e executaram os irmãos gêmeos Breno e Samuel de Medeiros Chaves Souza, de 20 anos, na noite da última quinta-feira (23).
De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (24) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os investigadores trabalham para reconstruir a dinâmica do crime, ocorrido dentro da casa onde Samuel morava com o companheiro. O delegado Daniel Scaramello, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), destacou que o local foi minuciosamente periciado e que as primeiras diligências já foram realizadas na tentativa de localizar câmeras de segurança e testemunhas que possam ajudar na identificação dos autores.
Segundo o relato colhido pela Polícia Civil, o companheiro de Samuel, que estava no imóvel no momento do ataque, foi trancado no banheiro por um dos criminosos, que ordenou: “Fica aí, coroa, fica aí”. Em seguida, ele ouviu diversos disparos. Ao sair, encontrou os irmãos mortos.
A perícia encontrou 13 cápsulas e três projéteis de calibre 9mm espalhados pela casa, o que indica que os executores atuaram de forma coordenada e com objetivo de matar. Samuel foi atingido por ao menos 12 tiros, enquanto Breno sofreu múltiplos disparos no tórax, braços e quadril.
Os depoimentos colhidos até o momento não indicam ligação das vítimas com facções criminosas nem envolvimento com o tráfico de drogas, embora ambos fossem usuários de entorpecentes. Um dos irmãos trabalhava como pintor automotivo e o outro em uma serraria, segundo relatos familiares.
Sem câmeras de monitoramento na área e sem antecedentes criminais das vítimas, a DHPP trabalha agora com linhas de investigação baseadas em possíveis desavenças pessoais ou dívidas ligadas ao uso de drogas, mas ainda não descarta outras motivações.
Fonte: 7 Segundos

















