Anadia/AL

10 de outubro de 2025

Anadia/AL, 10 de outubro de 2025

Polícia apura se contrato de R$ 24 milhões motivou assassinato do delegado Ruy Ferraz

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 10 de outubro de 2025

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Foto: Reprodução/ Vídeo cedido/ Divulgação/ Prefeitura de Praia Grande

A Polícia Civil de São Paulo investiga se um processo de licitação para ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi em Praia Grande, no valor de R$ 24,8 milhões, pode ter motivado o assassinato do delegado Ruy Ferraz Fontes.

Ele era secretário de Administração de Praia Grande e foi executado no município a tiros de fuzil, no dia 15 de setembro deste ano. Cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime foram presas, algumas delas acusadas de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital). Outras duas estão foragidas e um terceiro foi morto ao resistir à prisão no Paraná.

Fontes ligadas à investigação do assassinato disseram à reportagem que em uma escala de zero a 10, a chance de Ruy Ferraz ter sido morto por causa do processo de licitação é nove. As mesmas fontes afirmaram que a vítima tinha encontrado irregularidades no contrato.

A Prefeitura de Praia Grande realizou às 9h30 do dia 1º de setembro deste ano a licitação na modalidade pregão eletrônico, “visando o registro de preços para aquisição de equipamentos para a ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi na cidade”.

Morto duas semanas após o pregão

Ruy Ferraz foi morto duas semanas depois do pregão. No último dia 29, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a funcionários da prefeitura.

Um dos alvos foi o então subsecretário de Gestão de Tecnologia, Sandro Rogério Pardini, 60. Na casa dele foram apreendidos R$ 50 mil, US$ 10.030 e 1.135 euros, como informou em primeira mão esta coluna. No último dia 3, Pardini pediu exoneração do cargo.

Octávio Rolim, Patrícia Cristina de Britto Moita e Beatriz Mâncio, defensores de Pardini, informaram por meio de nota ao UOL “que o cliente nega veementemente toda e qualquer participação, seja ela direita ou indireta nos fatos que estão sendo apurados”.

Acrescentaram que “Pardini está à disposição das autoridades para colaborar, naquilo que estiver ao seu alcance, no efetivo esclarecimento deste trágico ocorrido”. Os advogados ressaltaram também que “o cliente tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família”.

Outros quatro funcionários da administração municipal de Praia Grande também foram alvos dos mandados. São eles: um agente de fiscalização da Secretaria de Urbanismo; um agente da Secretaria de Administração; um engenheiro e uma diretora da Secretaria de Planejamento.

Cinco presos

Além dos servidores municipais, o DHPP também investiga mais sete suspeitos. Cinco estão presos: São eles Dahesly Oliveira Pires, 25; Willian Silva Marques, 36; Luiz Henrique batista, 38, o Fofão; Rafael Marcell Dias Simões, 42, o Jaguar, e Felipe Avelino da Silva, 33, o Masquerano.

Estão foragidos Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24, e Luiz Antônio Rodrigue de Miranda, 43. Umberto Alberto Gomes, 39, outro suspeito, morreu em confronto com policiais civis de São Paulo e PMs do Paraná no último dia 30 em São José dos Pinhais (PR).

Segundo o DHPP, Masquerano é integrante do PCC. Os agentes não descartam a participação da organização no assassinato de Ruy Ferraz. Ele foi o pioneiro nas investigações sobre o Primeiro Comando da Capital e prendeu todos os líderes do grupo. O crime organizado o considerava um inimigo mortal.

Fonte: TNH1

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