Jaime Feitosa / Ascom PCAL
A Polícia Civil de Alagoas tem registrado o crescimento no número de mulheres em seu efetivo, nos últimos anos, conforme levantamento da Diretoria de Administração Geral, por meio da Seção de Gestão de Pessoas.
Atualmente, a instituição conta com 2.088 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Desse total, 22% são mulheres. Esse percentual é reflexo do ingresso cada vez maior de policiais do sexo feminino em concursos realizados pelo governo estadual.
Em 2014, após o penúltimo concurso promovido, tomaram posse 319 policiais civis 265 homens e 54 mulheres, um percentual de 17%. No último concurso, em 2014, um salto: 291 agentes e escrivães foram aprovados e nomeados. No total, 188 homens e 103 mulheres, o que significa 35% do total.
Aos 68 anos de idade, Vadilene Ferreira da Silva – a mais antiga policial civil em atividade em Alagoas acompanhou toda a trajetória da participação das mulheres nos quadros da instituição, onde permanece há 47 anos.
Valdilene lembra que, à época, as mulheres só podiam ascender até o nível PCIII, com salários menores, enquanto os homens (agentes e escrivães) iam do nível PC IV ao PCVI, com salários maiores. Em 1989, através do ato governamental, foi transferida para o cargo de agente, gozando de todos os direitos.
Eram tempos de dificuldades, com muita discriminação para as mulheres”, afirma ela, hoje casada com um policial civil, mãe de dois filhos e avó, após ter trabalhado em presídio, em diversas delegacias e, atualmente, estar lotada na Central de Flagrantes de Maceió. Mesmo depois de todos esses anos, Vadilene ainda não pensa em se aposentar, pois quer continuar servindo à sociedade alagoana.
Em uma realidade bastante diferente daqueles anos, Carolina Luíza Rezende da Silva é a mais jovem policial civil de Alagoas, com 24 anos. Ela ingressou nos quadros da instituição no ano passado, depois de aprovação para o cargo de agente de polícia. Lotada na Delegacia de Homicídios de Rio Largo, ela se diz muito satisfeita com a escolha que fez ao prestar concurso para ser policial civil.
Sergipana, com graduação em Direito, residia em Aracaju quando estagiou em uma delegacia de polícia e, após esse primeiro contato, ficou muito interessada pela profissão. Daí surgiu a oportunidade de prestar concurso e ser aprovada. “A equipe da delegacia é incrível e me sinto abraçada pelos colegas e pela delegada (Rosimeire Vieira). Acertei ao me tornar policial civil”, completa.
Distante de 1976, quando recebeu a primeira turma aprovada em concurso público sem sequer ter uma academia, a Polícia Civil avançou de lá para cá. As mulheres lutaram e conquistaram direitos; convivem hoje ombro a ombro com os colegas homens. Exercem funções de ponta em cargos de direção, têm papel destacado no trabalho realizado pela instituição. Estão longe dos tempos da discriminação escancarada, mas sempre vislumbrando novas vitórias
Redação com Agência Alagoas