Por: Ecstien Filho e Rogério Nascimento
A soltura de um jovem de 20 anos, acusado de arrombar duas vezes uma loja em menos de 48 horas e já investigado por tentativa de homicídio, causou revolta entre os moradores e empresários da cidade de Palmeira dos Índios. Detido em uma ação rápida da Guarda Municipal e da Polícia Militar (PM), o suspeito foi liberado em menos de 24 horas após audiência de custódia.
O caso reacendeu o debate sobre a eficácia das audiências de custódia no Estado e gerou forte reação da população. “A polícia prende, a audiência de custódia solta. Como vão ficar os empresários da cidade e a população?”, questionou um morador indignado.
Segundo relatos, o empresário dono da loja arrombada acumula um prejuízo estimado em R$ 10 mil, com parte da mercadoria ainda não recuperada.
Diante da sensação de impunidade, o clima na cidade se agravou, culminando na noite de ontem com um episódio de “justiça pelas próprias mãos”: outro jovem, conhecido pelo apelido de “Neguinho” e suspeito de envolvimento em diversos furtos, foi violentamente agredido por populares revoltados com a sequência de crimes e a falta de punições efetivas. Esse, segundo populares, é o comparsa do outro indivíduo.
A crescente insatisfação com o sistema da Justiça levanta um alerta sobre os riscos de linchamentos e o descrédito nas instituições. “A frase mais ouvida por lá é: a polícia trabalha e a Justiça atrapalha”, relatou uma fonte local.
A Delegacia Civil de Palmeira dos Índios segue apurando os casos.
Redação com Gazeta web
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