Imagens e vídeos de abuso sexual infantil criados com inteligência artificial estão cada vez mais realistas, dificultando o trabalho de investigadores e alarmando entidades globais. Organizações como a Internet Watch Foundation (IWF) e o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos EUA alertam para a explosão desse tipo de material, que se aproxima perigosamente da aparência de casos reais.
Dados da IWF mostram um salto de dois vídeos detectados em 2024 para 1.286 só no primeiro semestre deste ano. Nos EUA, o centro de denúncias já recebeu 485 mil relatos de conteúdo gerado por IA em 2025 — quase sete vezes mais que em todo o ano anterior. As imagens são distribuídas em redes sociais, fóruns da dark web e até treinadas em modelos de IA, como apontou um estudo de Stanford com o gerador Stable Diffusion.
Autoridades temem que a crescente quantidade de material sintético atrapalhe investigações reais. Ainda que leis dos EUA cubram esse tipo de crime, as implicações legais seguem em debate. Em um caso recente, um homem de Wisconsin teve parte das acusações contra ele anulada sob argumento da Primeira Emenda, embora responda por produzir e distribuir 13 mil imagens.
Empresas como Amazon, OpenAI e Stability AI já registraram milhares de denúncias. O Departamento de Justiça dos EUA considera os conteúdos sintéticos uma ameaça emergente, agravada por casos de chantagem contra menores e uso de aplicativos para gerar deepfakes infantis.
◼️ Redação com DCM
◼️ Mantenha-se Informado !
👍 Siga Nossas Redes Sociais !
Curta & Compartilhe 👁️🗨️
