Anadia/AL

11 de janeiro de 2025

Anadia/AL, 11 de janeiro de 2025

Posse contestada e fronteira fechada: Maduro eleva tensão regional

Terceiro mandato de chavista começou na sexta. Reações foram desde fechamento de fronteiras com o Brasil e a Colômbia a mais sanções.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 11 de janeiro de 2025

G.0

Foto: Divulgação/Assembleia Nacional da Venezuela

Deivid Souza

O terceiro mandato de Nicolás Maduro  como presidente da Venezuela começou tenso. A posse, nesta sexta-feira (10/1), veio acompanhada de contestações sobre a vitória dele nas urnas, fechamento de fronteiras, novas sanções e o aumento de uma recompensa bancada pelos Estados Unidos para a captura do ditador.

O herdeiro político de Hugo Chávez poderá ficar no mais alto cargo do país até o fim de 2030, marcando assim mais um longo período da manutenção do chavismo no poder.

Entenda a situação na Venezuela:

  • Maduro tomou posse após uma eleição na qual seu regime se recusou a divulgar as atas de votação. Ele lidera o país desde 2013, tendo assumido o posto após a morte de Hugo Chávez, que estava no poder desde 1999.
  • Chávez tinha uma relação tensa com os Estados Unidos após nacionalizar o petróleo e outros setores da economia. Ele foi denunciado ao Tribunal Penal Internacional por perseguir opositores.
  • Na véspera da posse de Maduro, a líder da oposição, María Corina Machado, foi momentaneamente detida. O adversário de Maduro na eleição passada, Edmundo González, prometeu voltar à Venezuela.
  • Em meio à tensão, o governo Lula tenta se colocar como um mediador do conflito. Por isso, enviou uma diplomata para a posse.

A cerimônia de recondução de Maduro ao poder refletiu o isolamento que o líder venezuelano enfrenta. Presidentes de países vizinhos e de outras partes do mundo não se fizeram presentes. Também houve panelaços em várias regiões de Caracas durante o discurso do presidente.

Como representante para a posse de Maduro, o Brasil mandou apenas a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira. Apenas os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega, estiveram presentes na posse. Diante deles, Maduro tentou marcar posição como um líder anti-imperialista.

Oposição contesta posse

As eleições presidenciais na Venezuela foram realizadas em julho de 2024. A vitória de Nicolás Maduro foi declarada oficialmente. No entanto, ela foi de pronto contestada pela oposição e por grande parte da comunidade internacional. Países como o Brasil e a Colômbia pediram a divulgação das atas das eleições para que pudesse ser comprovada a contabilidade dos votos. No entanto, isto não aconteceu.

O oposicionista venezuelano Edmundo González fez, na sexta, um pronunciamento no qual declarou mais uma vez ser o presidente eleito. Na gravação, postada no X (antigo Twitter), ele deu ordem às forças armadas do país para que desrespeitassem as determinações de Maduro.

“Como comandante em exercício, ordeno ao comando militar não cumprir ordens ilegais que sejam dadas por quem confiscou o poder e preparem condições de segurança para que eu possa assumir o cargo de presidente da República, como me confiou a soberania popular”, afirmou no vídeo.

Redação com Metrópoles

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