Publicado por Caique Lima
A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (4), que mostra que o presidente Lula tem 57% de rejeição e manteve 40% de aprovação, “não é fim da linha” para o governo, segundo Dawisson Belém Lopes, professor de Política Internacional e Comparada na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Hoje é dia de o discurso antigovernista sair da toca e tentar criar clima de ‘fait accompli’ [fato consumado]. Bobagem. O jogo ainda está no começo. Parelho, disputado, mas com todas as possibilidades em aberto. Regra de bolso: 40% de aprovação ao governo não é fim da linha”, afirmou o especialista em post no X.
No levantamento anterior, divulgado em abril, o presidente tinha uma taxa de 56% de rejeição e 41% de aprovação, ou seja, os índices oscilaram um ponto no período.
O professor apontou que o índice de percepção de piora na economia, que caiu de 56% para 48%, pode ser visto como um “copo um pouquinho cheio”. “Sugere que, debaixo da espuma do [escândalo do] INSS, pode haver uma recuperação mais robusta”, prosseguiu.
A pesquisa também mostra que houve um aumento na percepção positiva na área: 18% dizem que a economia melhorou (eram 16% em abril) e outros 30% acham que a situação segue igual (eram 26% no último levantamento).
Lopes afirma que existem “regularidade importantes” entre as pesquisas Quaest, Atlas e Datafolha divulgadas nos últimos meses, desde março, que “revelam tendências de opinião pública”. “As diferenças nos valores têm a ver com metodologia; mais importante é perceber que ambas mostram certa consistência interna”, avalia.
Para o professor, os números mostram que “o governo esboçou reação, mas foi freado” pelo escândalo do INSS. Sobre as eleições de 2026, Lopes aponta que o governo tem um ano para “despejar bondades” e que as medidas do governo “já começaram a surtir efeito”.
Redação C/ DCM
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