Por Isaac Neves
O réu Albino Santos de Lima foi condenado pelo homicídio da adolescente Ana Clara Santos Lima, em júri popular nesta quinta-feira (31), no Fórum da Capital, em Maceió.
O juiz Yulli Roter, da 7ª Vara Criminal, fixou a pena em 24 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado. Albino Santos já tinha duas condenações por homicídio, e seguirá preso.
O crime contra a menina, de apenas 13 anos de idade, ocorreu em agosto de 2024, no bairro Vergel do Lago.
De acordo com os autos, a vítima voltava para casa a pé quando percebeu que estava sendo seguida pelo acusado. Ela buscou se refugiar em um imóvel vizinho à sua residência, mas Albino ingressou no local e a atingiu com disparos de arma de fogo.
Durante a instrução do processo, o réu havia confessado o crime contra Ana Clara. Alegou que ouve vozes e que possui problemas psicológicos. Durante o júri, contudo, afirmou que as acusações não seriam verdadeiras.
Apontado como assassino em série pelo Ministério Público de Alagoas, Albino reconheceu ter cometido dois homicídios.
No entanto, o réu negou a autoria do crime em julgamento e outros que, anteriormente, havia admitido, segundo ressaltou o promotor Antônio Vilas Boas.
A testemunha João Vitor Rodrigues Ferreira estava dormindo com a esposa e um filho de três anos, quando foi surpreendido com Ana Clara adentrando a casa e o próprio cômodo onde a família estava, em uma tentativa de se proteger do agressor.
“Estávamos dormindo quando ouvimos alguém empurrando a porta. Ela entrou gritando socorro e ele já fez os disparos”, disse João em seu depoimento. Ele relatou que seu filho e a esposa ficaram com sequelas psicológicas após o evento.
Abalada, a mãe da vítima relatou que Ana era sua única filha e lhe ajudava a trazer o sustento para a casa. Piedade Wilma Melo dos Santos trabalha vendendo café e lanche na feira da praça Guedes Miranda.
“Era só eu e ela, me ajudava em tudo, era minha companheira, meu tudo, minha vida, tudo que eu tinha nessa vida era minha filha, e agora eu não tenho mais ela, e eu quero justiça, só isso”, declarou a mãe.
A defesa foi conduzida pelo advogado Geoberto Bernardo de Luna.
Matéria referente ao processo nº 0701569-20.2024.8.02.0067
Fotos: Dicom TJ-AL – Reprodução
Redação C/ Dicom TJ-AL
👍 Curta & Compartilhe 👁️🗨️