Por Henrique Rodrigues
A guerra instaurada na extrema direita de Santa Catarina parece, de fato, longe de um fim. Com dois nomes até então já pré-definidos pelo bolsonarismo para a disputa ao Senado no ano que vem, a imposição de Carlos Bolsonaro (PL) como candidato pelo pai, Jair Bolsonaro (PL), o líder máximo todo-poderoso do grupo ideológico, que está prestes a ser preso, a confusão se instalou com uma gritaria danada entre correligionários que não querem o forasteiro por lá, algo que prejudicaria outras figuras locais, como a deputada federal Carol De Toni (PL) e o já senador que pretende se reeleger Espiridião Amin (PP).
Em meio à treta digital eivada de postagens contrárias e a favor da entrada do filho 02 na cena política catarinense, que para os defensores do seu nome justifica-se por ele ser uma espécie de “cérebro” do bolsonarismo, surgiu então uma publicaçao incendiária, agressiva e de grande repercussão feita por um antigo aliado de peso do grupo, o ex-deputado Julian Lemos.
Para quem não lembra, Julian Lemos foi o coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste, onde mobilizou apoiadores, articulou alianças locais e ajudou a surpreender o eleitorado em estados como a Paraíba, sendo eleito deputado federal com 71.899 votos na onda bolsonarista de 2018, após se aproximar do então candidato em 2015 e indicou nomes como Gustavo Bebianno para a transição. Ele integrou ainda a equipe de governo com acesso direto ao presidente eleito, atuando como ponte entre o bolsonarismo e a região, mas desiludiu-se rapidamente ainda em 2018/2019 ao perceber a interferência familiar, a traição aos aliados nas disputas internas do PSL e o desvio do discurso anticorrupção, rompendo publicamente com o movimento e sendo rotulado como traidor pelo clã Bolsonaro.
Redação C/ Revista Fórum













