Anadia/AL

23 de agosto de 2025

Anadia/AL, 23 de agosto de 2025

“Silas Malafaia não pode ser chamado de pastor”, diz João Cezar de Castro Rocha

Professor da UERJ afirma que líder atua como agente político e defende que campo progressista retire o título religioso.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 23 de agosto de 2025

B

Foto: Reprodução | Paulo Pinto/Agência Brasil

✨ Por Dafne Ashton

Em entrevista ao Boa Noite 247, João Cezar de Castro Rocha afirmou que Silas Malafaia não deve mais ser tratado como pastor. O professor da UERJ, escritor, historiador, enxadrista e docente de literatura comparada propôs que “nós não mais nos refiramos, em nenhuma circunstância, a Silas Malafaia como pastor Silas ou como líder religioso”.

Para João Cezar, a atuação de Malafaia é estritamente política e não pode ser confundida com atividade religiosa. Segundo ele, “Silas Malafaia não é um líder religioso, ele é um líder oportunista que adultera o repertório bíblico de maneira consciente para manipular fiéis e obter ganho político”. O professor argumenta que a própria conduta do líder da ADVEC já deixou isso evidente, especialmente após a polêmica sobre o pagamento de um trio elétrico para manifestação.

Ele lembra que, em 14 de fevereiro de 2024, Malafaia declarou em entrevista ao Estado de S. Paulo que a Assembleia de Deus Vitória em Cristo arcaria com os custos do equipamento, justificando: “ADVEC pagará pelo trio elétrico, porque alguém tem que pagar”. A repercussão foi imediata, já que uma igreja só pode manter isenção fiscal se realizar atividades religiosas, não políticas. Dias depois, em 20 de fevereiro, Malafaia recuou, afirmando que não seria a igreja, mas ele próprio, como “homem público” e em seu “CPF”, quem pagaria a conta de cerca de R$ 35 mil. Para João Cezar, esse recuo confirmou a condição de agente político assumida pelo líder evangélico.

Com base nesse episódio, o professor sustenta que é necessário rever a forma como Malafaia é tratado no debate público. “O Silas Malafaia não pode ser tratado como líder religioso. O comportamento dele é de um agente político que utiliza a Bíblia para fins de manipulação”, disse. Ele acrescenta que “é indispensável que pelo menos o campo progressista retire deste cidadão o título de pastor, pois ele desonra a fé evangélica”.

Na avaliação de João Cezar, reconhecer o caráter político da atuação de Malafaia é fundamental para separar fé e disputa eleitoral. Ao final, reforçou que “chegou a hora de nós termos coragem de dizer as coisas no espaço público, como devem ser ditas antes que seja tarde”. Assista:

✨ Redação com Brasil 247

✨ Mantenha-se Informado(a).
✨ Curta & Compartilhe 👁️‍🗨️

Galeria de Imagens

plugins premium WordPress