Anadia/AL

22 de fevereiro de 2025

Anadia/AL, 22 de fevereiro de 2025

Tarcísio pisa em ovos após denúncia da PGR contra Bolsonaro

''Antes mesmo da denúncia se tornar pública, Tarcísio já havia sinalizado reservadamente a aliados que aceitaria disputar a Presidência, mas condicionava sua candidatura ao aval de Bolsonaro''

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 21 de fevereiro de 2025

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Band.Uol

Por: José Roberto de Toledo e Thais Bilenky

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro criou um dilema para as articulações eleitorais da direita, especialmente para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, potencial candidato à presidência em 2026.

Antes mesmo da denúncia se tornar pública, Tarcísio já havia sinalizado reservadamente a aliados que aceitaria disputar a presidência, mas condicionava sua candidatura ao aval de Bolsonaro.

“As provas contra ele [Bolsonaro] são irrefutáveis”, avalia o colunista do UOL, José Roberto de Toledo, no podcast A Hora desta sexta-feira (20), completando que vê na denúncia evidências suficientes para uma possível condenação que o afastaria definitivamente da política.

No entanto, Bolsonaro mantém a estratégia de não admitir publicamente sua inviabilidade eleitoral. “No momento que ele admitir que não é candidato em 2026, ele morreu politicamente”, explica Toledo, que comparou a situação ao comportamento de Lula em 2018, quando manteve sua candidatura até o último momento possível, mesmo preso.

A movimentação inclui articulações importantes, como a conversa entre Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário de governo de São Paulo, com Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes. Kassab, que tem ampliado sua influência política com crescimento em número de prefeituras e bancadas no Congresso, trabalha para viabilizar a candidatura de Tarcísio.

O cenário é complexo para a direita, que teme a fragmentação de candidaturas. Além de Tarcísio, surgem nomes como Ronaldo Caiado, enquanto parte do núcleo duro bolsonarista, como Ciro Nogueira, presidente do PP, defende “alguém com sobrenome Bolsonaro na cédula”. Há ainda a preocupação com o surgimento de um “outsider” que possa atrair votos do eleitorado bolsonarista mais radical.

Apesar dos desafios na gestão da segurança pública em São Paulo, Tarcísio mantém-se como o nome mais forte da direita, com apoio significativo do empresariado e do mercado financeiro. No entanto, seu timing para oficializar qualquer movimento rumo à presidência dependerá diretamente dos desdobramentos judiciais envolvendo Bolsonaro.

Redação com Uol

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