Anadia/AL

21 de dezembro de 2024

Anadia/AL, 21 de dezembro de 2024

Thereza Collor é processada pela irmã em ‘guerra’ por herança bilionária de pai

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 22 de janeiro de 2024

LIRA

Thereza Collor com o pai, João Lyra | Reprodução

Thereza Collor, ex-cunhada do ex-presidente Fernando Collor e uma das herdeiras de João Lyra — ex-deputado federal mais rico do País –, está sendo processada pela irmã e empresária Maria de Lourdes Lyra, conhecida como Lourdinha Lyra. Na queixa-crime, aberta neste ano, ela acusa a irmã de calúnia e difamação. A informação é do colunista do UOL Carlos Madeiro.

A ação é retratada como mais um capítulo da “guerra” travada entre os filhos de Lyra pela herança bilionária do pai, que morreu aos 90 anos em decorrência da covid-19, em agosto de 2021.

Lourdinha foi designada como inventariante do espólio do ex-deputado. Na mesma época, as empresas passaram por uma grave crise econômica, e logo após a morte dele, a empresária deu entrada no processo de falência de uma das empresas, a Laginha Agro Industrial S/A, um conjunto de usinas em Alagoas e Minas Gerais. Em 2017, estava avaliada em 1,9 bilhão (cerca de R$ 2,7 bilhões em valores atuais), e a ação chegou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como o maior processo desse gênero do País.

Entre os herdeiros da fortuna estão seis filhos. Destes, quatro deles afirmam ter perdido a confiança em Lurdinha, conforme aponta o colunista. “No bojo do processo judicial, em torno da massa falida, travou-se uma verdadeira guerra entre alguns dos herdeiros do ex-parlamentar e a senhora Maria de Lourdes”, diz um trecho da queixa-crime.

Desde que ingressaram no processo da Laginha, quatro irmãos já pediram à Justiça a retirada de Lourdinha da função de inventariante, entre abril de 2022 e agosto de 2023. Todos foram negados pela Justiça, e Lurdinha se mantém como inventariante.

Segundo a coluna, o que motivou a empresária a entrar com a ação contra Thereza foram as declarações na imprensa. Em julho de 2023, Thereza declarou à Veja que a gestão da irmã não tinha preparo para tal, e estaria impondo “custos astronômicos” com contratos de processo de longa duração “na contramão do que deve ser a falência.”

Ela também afirmou que “são preocupantes as ligações profissionais e econômicas entre os assessores jurídicos e financeiros”. Em novembro, ela disse à revista IstoÉ que a gestão do inventário e de falência tem “parcerias suspeitas”.

O Terra entrou em contato com o advogado de Lurdinha, Ronald Pinheiro, que afirmou que, no momento, a família irá se resguardar, e todos os pronunciamentos serão feitos no bojo dos autos.

A reportagem também tentou contato com Thereza Collor, mas não obteve retorno até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

* Redação com Terra

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