Por: Nicolas Iory
Preso desde abril do ano passado sob diversas acusações de crimes contra mulheres, o empresário Thiago Brennand foi sentenciado a mais 10 anos e 6 meses de prisão por crime de estupro com emprego de violência física e grave ameaça contra mulher. Esta é a quarta condenação de Brennand na Justiça de São Paulo. Cabe recurso.
A nova sentença foi proferida pela Vara da Violência Doméstica Central da Capital e se refere à denúncia apresentada por uma mulher que se relacionou com o empresário num período de duas a três semanas entre 2015 e 2016. A vítima disse que sua primeira relação sexual com Brennand teria sido consentida, mas em seguida houve “uso de força física, coação e ameaças” do empresário para forçá-la a fazer sexo com ele.
“A depoente era obrigada a levantar da sala e ir até o quarto para fazer sexo com ele, sem preservativo, sem que quisesse, mediante uso de força física, porque ele a segurava pelo braço”, diz um trecho da denúncia, mencionando depoimento da vítima ao Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do Ministério Público de São Paulo.
A mulher teria sido “constrangida a fazer sexo com ele por diversas vezes, mediante força física, porque ele a puxava pelo braço, deixando marcas, a obrigava à penetração anal a força”, afirmou a denunciante, que “chegava a chorar durante os atos sexuais”.
Brennand já havia sido condenado em outros dois casos por estupro. Na primeira delas, a sentença assinada pelo juiz Israel Salu, de Porto Feliz, impôs pena também de 10 anos e 6 meses de reclusão por crime sexual contra uma ex-namorada americana.
Em janeiro, o empresário foi sentenciado também pela 2ª Vara de Porto Feliz (SP) a 8 anos de prisão por estupro de uma mulher que disse ter sido obrigada a fazer sexo sem uso de preservativo contra sua vontade quando esteve na casa do empresário no condomínio de luxo.
O empresário também foi condenado a 1 ano e 8 meses encarcerado por agressão à modelo Alliny Helena Gomes, ocorrida em agosto de 2022, em uma academia de luxo de São Paulo. Somadas, as penas alcançam 20 anos e dois meses.
Procurada, a defesa da vítima não se manifestou até a publicação desta reportagem. O GLOBO não conseguiu falar com os advogados de Brennand.
Redação com Extra Brasil